26 de Maio: DIA NACIONAL DE COMBATE AO GLAUCOMA
Sábado, 26 de Maio de 2012
Brasília – Na data em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao
Glaucoma, médicos e pacientes alertam para a necessidade do diagnóstico
precoce da doença, considerada “silenciosa” por não apresentar sintomas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença alcança de 1% a 2% da
população acima dos 40 anos no mundo, o que corresponde a
aproximadamente 2,9 milhões de pessoas.
O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, comemorado anualmente em 26 de maio, foi instituído pela Lei nº 10.456/2002 para
dar mais visibilidade à doença, que, sem diagnóstico, é tratada somente
quando a percepção da perda parcial da visão já foi instalada. No caso
da doença em estágio avançado, há comprometimento do campo visual e
embaçamento constante. A perda da visão é progressiva.
Eduardo Safons, 55 anos, portador de glaucoma há seis anos, diz que
leva vida normal, graças ao diagnóstico precoce. “Descobri meu glaucoma
em exame de rotina. Todos devem fazer exames frequentes, pelo menos uma
vez ao ano, para que, se houver alguma alteração, já se comece o
tratamento”, o portador Eduardo Safons dá a dica.
A única reclamação do paciente é em relação ao preço do colírio usado
no tratamento. “O preço do colírio é um pouco salgado, mas vai sair mais
caro comprar um labrador [cão-guia], treiná-lo, comprar uma bengala,
contratar um motorista, porque daí eu estaria cego”, brincou.
O dano causado no nervo ótico após a instalação da doença é
irreversível, mas há como impedir a progressão da perda da visão,
explica a oftalmologista especializada em glaucoma, Carla Bastos. A
médica destaca também que a associação entre a doença e pressão alta não
é mais absoluta como costumava ser. De acordo com ela, o diagnóstico
precoce é, de fato, o melhor tratamento.
Quem já tem casos da doença na família, usa corticoide, é diabético,
negro, asiático ou míope deve prestar mais atenção, pois esses são
fatores de risco para o aparecimento do glaucoma. “Hoje em dia, o
diagnóstico é feito no nervo ótico, mesmo que o paciente não tenha
pressão alta. A pressão é individualizada, cada paciente tem um alvo”,
explicou.
Os tratamentos atualmente são diversos, podendo ser feitos por meio de
comprimidos, colírio, lasers ou cirurgias. Segundo o Ministério da
Saúde, 95% dos tratamentos de glaucoma são feitos em regime
ambulatorial, com uso de colírio.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento integral à doença
desde 2011, quando o MS passou a distribuir colírios das três linhas
previstas para o combate ao glaucoma (betabloqueadores, inibidores
tópicos de anidrase carbônica e alfa-2-agonistas, e análogos de
prostaglandinas/prostamidas).
Fonte: noticianahora.com.br
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