Piauí: Advogado Gilberto Ferreira acusa Robert Rios de criar tese de suicídio no caso Fernanda Lages
Segunda Feira, 28 de Outubro de 2013
O advogado criminalista disse que o Secretário de Segurança Robert Rios teria sido o responsável por criar a tese de que Fernanda Lages se suicidou e disse que o trabalho de autópsia psicológica não vai acrescentar em nada.
“Foi o Robert Rios quem criou essa idéia do suicídio de Fernanda Lages no inquérito da Polícia Civil. É uma tese completamente absurda. As estatísticas estão aí para provar, ninguém que se mata se joga de prédio de 6 andares. Os suicidas aqui em Teresina costumam jogar do 10º andar em diante e procuram lugares movimentados e durante o dia, onde serão vistos”, declarou.
Em entrevista ao GP1, Gilberto Ferreira reiterou as declarações feitas no programa de rádio e disse discordar do resultado dos inquéritos tanto da polícia civil como da polícia federal.
“Quando a Polícia Federal entrou no caso eu já sabia que não ia dar em nada, porque todos os vestígios do crime já haviam se perdido. Durante todo o inquérito a Polícia Federal trabalhou tentando compensar essa ausência e consertar os erros da Polícia Civil. No inquérito diz que o cenário sugere suicídio, mas não conclui que de fato foi suicídio, apenas diz que a morte foi causada pela precipitação. Os dois inquéritos são um festival de enrolação”, declarou.
O advogado prosseguiu contestando a importância do trabalho que está sendo realizado por peritos no sentido de traçar o perfil psicológico de Fernanda Lages. Segundo ele, os promotores tiveram boa intenção ao requerer a autópsia psicológica para satisfazer o interesse da sociedade, mas não acredita que o trabalho vai contribuir para a resolução do caso.
“Na minha opinião, o resultado desse trabalho dos peritos não vai alterar em nada, porque mesmo que seja constatado que ela tivesse um perfil suicida não comprova nem significa dizer que ela se matou. A polícia deveria estar preocupada é em procurar saber quem matou Fernanda. Com certeza existem pessoas ligadas ao homicídio que trabalham no sentido de ocultar essas informações, pessoas da elite política do Piauí. E a Polícia Civil não tem o menor interesse de descobrir quem são”, declarou.
O outro lado
O secretário Robert Rios rebateu as acusações. “Em primeiro lugar, quando a Fernanda Lages morreu, eu não era nem secretário. O secretário de segurança na época era o Raimundo Leite. Em segundo lugar, o inquérito foi realizado duplamente, pela polícia civil e pela polícia federal. Não houve vestígio perdido e mesmo assim eu pergunto: se a Polícia Federal teve liberdade para investigar até o mensalão, porque não teria para investigar o caso Fernanda Lages? No mais, eu nem o conheço e, portanto não gostaria de comentar essas declarações dele”, finalizou.
Fonte; Portal GP1
na íntegra
Locutor Joel Silva e o advogado Gilberto Ferreira.
O advogado criminalista disse que o Secretário de Segurança Robert Rios teria sido o responsável por criar a tese de que Fernanda Lages se suicidou e disse que o trabalho de autópsia psicológica não vai acrescentar em nada.
“Foi o Robert Rios quem criou essa idéia do suicídio de Fernanda Lages no inquérito da Polícia Civil. É uma tese completamente absurda. As estatísticas estão aí para provar, ninguém que se mata se joga de prédio de 6 andares. Os suicidas aqui em Teresina costumam jogar do 10º andar em diante e procuram lugares movimentados e durante o dia, onde serão vistos”, declarou.
Em entrevista ao GP1, Gilberto Ferreira reiterou as declarações feitas no programa de rádio e disse discordar do resultado dos inquéritos tanto da polícia civil como da polícia federal.
“Quando a Polícia Federal entrou no caso eu já sabia que não ia dar em nada, porque todos os vestígios do crime já haviam se perdido. Durante todo o inquérito a Polícia Federal trabalhou tentando compensar essa ausência e consertar os erros da Polícia Civil. No inquérito diz que o cenário sugere suicídio, mas não conclui que de fato foi suicídio, apenas diz que a morte foi causada pela precipitação. Os dois inquéritos são um festival de enrolação”, declarou.
O advogado prosseguiu contestando a importância do trabalho que está sendo realizado por peritos no sentido de traçar o perfil psicológico de Fernanda Lages. Segundo ele, os promotores tiveram boa intenção ao requerer a autópsia psicológica para satisfazer o interesse da sociedade, mas não acredita que o trabalho vai contribuir para a resolução do caso.
“Na minha opinião, o resultado desse trabalho dos peritos não vai alterar em nada, porque mesmo que seja constatado que ela tivesse um perfil suicida não comprova nem significa dizer que ela se matou. A polícia deveria estar preocupada é em procurar saber quem matou Fernanda. Com certeza existem pessoas ligadas ao homicídio que trabalham no sentido de ocultar essas informações, pessoas da elite política do Piauí. E a Polícia Civil não tem o menor interesse de descobrir quem são”, declarou.
O outro lado
O secretário Robert Rios rebateu as acusações. “Em primeiro lugar, quando a Fernanda Lages morreu, eu não era nem secretário. O secretário de segurança na época era o Raimundo Leite. Em segundo lugar, o inquérito foi realizado duplamente, pela polícia civil e pela polícia federal. Não houve vestígio perdido e mesmo assim eu pergunto: se a Polícia Federal teve liberdade para investigar até o mensalão, porque não teria para investigar o caso Fernanda Lages? No mais, eu nem o conheço e, portanto não gostaria de comentar essas declarações dele”, finalizou.
Fonte; Portal GP1
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