Política: Duas Notinhas Sobre o Mensalão
Quinta Feira, 19 de Abril de 2012
Se o mensalão foi uma farsa, por que Dirceu não voltou ao governo?
Augusto Nunes
Se o mensalão foi uma farsa, como ensina o Grande Pastor e repete o rebanho, então também não existiu nenhuma quadrilha. Se não existiu quadrilha, então também não houve chefe de quadrilha. Se não houve chefe de quadrilha, então não existiram motivos para que José Dirceu atendesse prontamente à ordem de Roberto Jefferson ─ “Sai daí rápido, Zé!” ─ e caísse fora da Casa Civil.
Se o pai de todos os escândalos não passou de invencionice da oposição e da imprensa golpista, então a Procuradoria Geral da República embarcou num embuste.
Se tratam como caso sério o que é só uma farsa, então os ministros do Supremo Tribunal Federal são farsantes também.
Encadeadas, tais deduções berram que Lula e seus devotos nunca tiveram motivos para condicionar ao desfecho do processo dos mensaleiros a reparação devida ao mais injustiçado dos companheiros.
Essa constatação conduz a duas perguntas.
Por que Lula, que jura ter visto a luz ainda em 2005, não reconduziu Dirceu ao ministério?
E por que Dilma Rousseff ainda não incluiu o camarada de armas no grupo de “articuladores políticos” que aceita até um Gilberto Carvalho ou uma Ideli Salvatti?
Uma só resposta liquida a dupla interrogação: porque os farsantes são eles.
Fonte: Blog do Clovis Cunha
charge blogdoonyx.wordpress.com
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Revisor do processo do mensalão, ministro do Supremo Ricardo Lewandowski |
Ministro renuncia ao cargo para se dedicar ao ' Caso Mensalão'
O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski comunicou nesta quarta-feira (18) ao presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, sua renúncia ao cargo de ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A justificativa, segundo assessores de Lewandowski, seria a decisão de se dedicar integralmente ao caso do mensalão, que poderá ser julgado pelo STF ainda este ano.
O mandato de Lewandowski no TSE terminaria em 5 de maio do ano que vem. Ele fez sua última participação no tribunal nesta quarta, ao passar a presidência para as mãos da ministra Cármen Lúcia. A vaga de Lewandowski passará a ser ocupada pelo ministro José Antonio Dias Toffoli.
Em seu discurso de despedida, Lewandowski disse que saía de forma confortável do cargo com a certeza de que sua sucessora é uma pessoa "digna, lúcida e competente". “É tempo de dizer adeus ou até breve e enfrentarmos os novos desafios que o futuro nos reserva e expor a nossa gratidão. Saio com a consciência tranquila e sensação de dever cumprido”.
O STF transformou em réus 37 dos 40 denunciados no caso do mensalão, como ficou conhecido o suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada em troca de apoio político.
Fonte: portalcorreio.com.br
Foto de Folha.com
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