Avelinópolis, GO: Prefeito é acusado de alimentar bovinos com proteína que pode causar "doença da vaca louca"
Quinta Feira, 20 de Novembro de 2014
O Prefeito do município de Avelinópolis (GO), Agmon Leite, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por alimentar animais bovinos de sua propriedade com proteína de origem animal denominada “cama de aviário”. A prática é proibida devido ao alto risco de contaminação com a Encefalopatia Espongiforme Bovina, mais conhecida como “doença da vaca louca”.
A irregularidade foi detectada no ano de 2012 durante fiscalização realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em fazenda pertencente ao prefeito. Ao todo, 42 bovinos foram flagrados ingerindo o produto, o que foi confirmado após a realização de exames laboratoriais.
O órgão concluiu pelo abate dos animais; no entanto, a decisão teria sido descumprida pelo prefeito. A denúncia aponta que, em junho de 2014, fiscais dirigiram-se à fazenda José de Lima para monitorar os ruminantes, mas eles não se encontravam no local.
Lá, os agentes públicos foram informados pelo proprietário que alguns animais teriam morrido, e o restante teria sido transferido para outra propriedade. Agmon também apresentou 27 brincos que, supostamente, foram retirados dos animais que morreram, mas não apresentou documentação que comprovasse as mortes.
Para o MPF, as condutas configuram crime. “O denunciado, de forma livre e consciente, deixou de comunicar a movimentação ou suposta morte dos animais e não apresentou documentos comprobatórios desses fatos”, esclarece a denúncia. O órgão também alerta que a retirada da identificação dos animais mortos somente poderia ter sido feita por fiscais do MAPA.
“Nenhum dos atos foi comunicado às autoridades competentes e configuram extremo risco àsaúde pública e à ordem econômica do país, pois a doença é transmissível a humanos e apenas um caso registrado de Encefalopatia Espongiforme Bovina pode gerar embargos à pecuária do país”, completa a acusação.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região irá decidir se aceita a denúncia.
Vaca louca- Segundo Informação Técnica do MAPA, a Encefalopatia Espongiforme Bovina foi identificada pela primeira vez em 1986, no Reino Unido, e provocou a maior crise recente na pecuária mundial. Trata-se de doença crônica e degenerativa, que ataca o sistema nervoso dos bovinos. O agente infeccioso é denominado prion, derivado de uma proteína da membrana de células nervosas que, quando modificada, provoca quadro degenerativo crônico e transmissível do sistema nervoso central. Apenas um miligrama de material contaminado é suficiente para transmitir a moléstia, e o período de incubação pode chegar a 5 anos.
No Brasil, a norma que proíbe a utilização de subproduto de origem animal na alimentação de ruminantes é a Instrução Normativa nº 08/2004, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“Nenhum dos atos foi comunicado às autoridades competentes e configuram extremo risco àsaúde pública e à ordem econômica do país, pois a doença é transmissível a humanos e apenas um caso registrado de Encefalopatia Espongiforme Bovina pode gerar embargos à pecuária do país”, completa a acusação.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região irá decidir se aceita a denúncia.
Vaca louca- Segundo Informação Técnica do MAPA, a Encefalopatia Espongiforme Bovina foi identificada pela primeira vez em 1986, no Reino Unido, e provocou a maior crise recente na pecuária mundial. Trata-se de doença crônica e degenerativa, que ataca o sistema nervoso dos bovinos. O agente infeccioso é denominado prion, derivado de uma proteína da membrana de células nervosas que, quando modificada, provoca quadro degenerativo crônico e transmissível do sistema nervoso central. Apenas um miligrama de material contaminado é suficiente para transmitir a moléstia, e o período de incubação pode chegar a 5 anos.
No Brasil, a norma que proíbe a utilização de subproduto de origem animal na alimentação de ruminantes é a Instrução Normativa nº 08/2004, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
fonte: www.fatonotorio.com.br
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