Duas Nota: Tortura Nunca Mais: Relatório da Comissão pede o indiciamento de militares; Para o Clube Militar, " calúnia ".
Sexta Feira, 12 de Dezembro de 2014
Comissão da Verdade termina com pedido de julgamento de militares e fim da PM
Após mais de dois anos de funcionamento, a Comissão da Verdade chega ao fim nesta quarta-feira (10) tendo detectado "graves violações aos direitos humanos" cometidas de 1946 a 1988. Para evitar a repetição de tais atos, "assegurar sua não repetição e promover o aprofundamento do Estado democrático de direito", o documento final da comissão encaminha 29 propostas que devem ser adotadas pelo governo e por órgãos públicos.
A principal recomendação é que as Forças Armadas assumam responsabilidade, inclusive juridicamente, pelos atos cometidos durante os regimes militares. A comissão também quer o fim das polícias militares, a proibição de atos que comemorem o golpe de 64 e a revogação da Lei de Segurança Nacional. A revisão da Lei da Anistia, que chegou a ser cogitada pelos integrantes do grupo, não foi incluída no relatório.
Das quase 30 recomendações, 17 são medidas institucionais, oito são iniciativas de mudanças de leis ou da Constituição e quatro são medidas para dar seguimento às ações da CNV. Segundo o grupo, foram recebidas 399 recomendações pelo site da CNV, e algumas delas foram incluídas no relatório. Há ainda recomendações específicas no volume 2 do relatório, onde existem capítulos temáticos sobre assuntos como perseguição a religiosos e a indígenas.
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Clube Militar vê coleção de 'calúnias' em relatório da Comissão da Verdade
O Clube Militar, formado por militares da reserva, chamou de "absurdo" o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, classificado em nota divulgada pela entidade como "uma coleção de meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade"..
Em nota divulgada na tarde da quarta, 10, o presidente do Clube, general Gilberto Rodrigues PimenteL, afirma que o relatório da CNV é uma coleção de "meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade". Para Pimentel, a divulgação do texto só confirma a "orientação socialista" dos membros da comissão. O general também classifica a Comissão da Verdade de "risível" e "parcial" (veja íntegra da nota ao final da reportagem).
"Das suas 29 recomendações, várias miram diretamente as Forças Armadas, como agentes do Estado. Nenhuma faz referência à ação dos terroristas, guerrilheiros, sequestradores e assassinos esquerdistas que tentavam tomar o poder à força e estabelecer no País um governo totalitário comunista de modelo soviético, chinês ou cubano", diz trecho da nota.
Relatório final
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade aponta 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985 (veja lista com os nomes dos 377).
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade aponta 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985 (veja lista com os nomes dos 377).
Com 4.328 páginas, o documento consolida o trabalho da comissão, após dois anos e sete meses de audiências públicas, depoimentos de militares e civis e coleta de documentos referentes ao regime militar (consulte a íntegra).
fontes: http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/12/10/comissao-da-verdade-termina-pedindo-julgamento-de-militares-e-fim-da-pm.htm
http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/12/relatorio-e-absurdo-em-nome-da-causa-socialista-diz-clube-militar.html
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