Eliana Calmon: "Não Posso Resolver Tudo, Mas eu Me Posiciono"


sábado, 19 de novembro de 2011

"Eu não posso resolver todos os problemas do Judiciário..., mas eu me posiciono - e sou temida", afirma Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, no Roda Viva (Veja a Entrevista)

A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, ocupou o centro do programa Roda Viva, da TV Cultura, de São Paulo, na segunda-feira, 14. Durante a entrevista, conduzida pelo apresentador Mario Sergio Conti, a jurista falou, entre outros temas, sobre a corrupção no Judiciário e a crise instalada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).


Ela também fala do seu enfrentamento com os adversários do CNJ como a Associação dos Magistrados Brasileiros que, através do seu presidente, desembargador Nelson Calandra, que chega a dizer que "uma das prerrogativas da Magistratura é não ser questionada". Para Eliana Calmon, mudar a cultura de dois séculos, que impera dentro da magistratura brasileira, não é fácil. Confira no vídeo.

Para a Presidente Dilma, a ministra Eliana Calmon é uma das suas. Fala o que pensa e defende seu posicionamento. Segundo ela mesma diz, “sou temida”. A ministra defende a classe de magistrados e por isso mesmo não acha certo que todos sejam taxados como corruptos pelo erro de outros. Para ela, o que está errado é a cultura do judiciário, da política. "O que está errado é a cultura dos nossos políticos"

Eliana Calmon diz que não julga processos relacionados com seus padrinhos políticos, dentre eles Antônio Carlos Magalhães. A ministra ainda confessa que os problemas do Judiciário são muitos e que está muito atrasado. "Eu não posso resolver todos os problemas do Judiciário..., mas eu me posiciono".

A bancada de entrevistadores foi formada por Frederico Vasconcelos (repórter especial do jornal Folha de S. Paulo e editor do blog do Fred, na Folha.com e no UOL), Felipe Recondo (repórter do jornal O Estado de S. Paulo, especializado na cobertura do Judiciário), Germano Oliveira (chefe de redação da sucursal do jornal O Globo em São Paulo), Mário Simas Filho (diretor de redação da revista Istoé), Marina Amaral (jornalista e diretora da Pública - Agência de Jornalismo Investigativo) e Sérgio Renault (advogado, ex-secretário da reforma do Judiciário). O programa também contou com a participação do cartunista Paulo Caruso.

Página do E



Fonte:folhaparanatinga

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