Racismo e Tortura: Calouros da UFMG e o ex de Dilma...
Terça Feira, 19 de Março de 2013
UFMG apura trote polêmico em calouros do curso de Direito
A recepção dos calouros do curso de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) acabou se transformando em polêmica e virando assunto nas redes sociais nos últimos dias. As manifestações são contrárias ao trote dos estudantes e giram entorno de duas fotos: em uma delas, uma jovem aparece pintada de preto e tem uma placa de papel pendurada no pescoço com os dizeres “caloura Chica da Silva”, as mãos dela estão acorrentadas e um rapaz segura essa corrente; na outra imagem, três jovens, um deles com um pequeno bigode, fazem um gesto típico dos nazistas – a mão esticada para frente – ao lado de um rapaz amarrado a uma pilastra.
Uma menina com tinta preta pintada no corpo carrega uma placa com o texto “Caloura Chica da Silva”. Mesmo tentando esconder o rosto com o cabelo, ela aparece acorrentada e é puxada por outro colega que sorri.
A vice-reitora da universidade, Rocksane de Carvalho Norton, afirmou que o trote é uma prática proibida na instituição. Segundo ela, a reitoria tomou conhecimento das fotos nesta segunda-feira (18), e após uma reunião, foi decido que haverá uma apuração para esclarecer os fatos que envolvem as imagens polêmicas. “A direção da Faculdade de Direito vai iniciar um processo de apuração dos fatos e ficar responsável pela aplicação das penalidades que sejam cabíveis ao caso”, disse.
O DCE também repudiou os atos ocorridos na Faculdade de Direito. Coordenadora-geral do diretório central, Nathália Ferreira Guimarães diz que comissões estão sendo criadas em conjunto com a universidade para que as recepções sejam sinônimo de interação e não de violência. “Isso não é brincadeira. Qualquer tipo de opressão deve ser combatida o ano todo nas universidades”, defende. O presidente do Centro Acadêmico Afonso Pena, Felipe Galo, informou que o Caap está ciente dos fatos e que o assunto será tratado com os alunos em reunião hoje, às 11h30, para saber quais medidas serão adotadas. Para uma parte dos estudantes, há exagero na reação ao trote. Uma aluna que estava na faculdade na sexta-feira disse não ter presenciado nada ofensivo. “A parte que vi não é nada que não tenha ocorrido em anos anteriores”, afirma. “Foi uma infelicidade dos meninos. Eu os conheço, sei que não são preconceituosos e que a foto não retrata o que pensam. Eles estão muito abalados”, completa.
Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), no entanto, a punição pode não se restringir à esfera acadêmica. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade, William Santos, considera que todos os participantes podem responder por racismo e apologia ao nazismo, definidos na Lei 7.716/89. “Não é preciso que alguém faça uma representação. A ofendida é toda a sociedade”, avaliou. Santos classificou como “um negócio vergonhoso” as fotos. “Foi um trote absurdo, sobretudo em se tratando de estudantes de direito . Não merecem estar naquela faculdade”, opina. Ele defende que os estudantes sejam rigorosamente punidos. O crime de racismo tem prisão prevista de até 5 anos e multa. A pena para apologia ao nazismo é de 2 a 5 anos de prisão e multa.
Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), no entanto, a punição pode não se restringir à esfera acadêmica. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade, William Santos, considera que todos os participantes podem responder por racismo e apologia ao nazismo, definidos na Lei 7.716/89. “Não é preciso que alguém faça uma representação. A ofendida é toda a sociedade”, avaliou. Santos classificou como “um negócio vergonhoso” as fotos. “Foi um trote absurdo, sobretudo em se tratando de estudantes de direito . Não merecem estar naquela faculdade”, opina. Ele defende que os estudantes sejam rigorosamente punidos. O crime de racismo tem prisão prevista de até 5 anos e multa. A pena para apologia ao nazismo é de 2 a 5 anos de prisão e multa.
&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&
Ex-marido de Dilma denuncia ‘núcleo de tortura na Fiesp'
O Globo
O ex-deputado estadual pelo Rio Grande do Sul Carlos Araújo, 75, (foto abaixo) afirmou nesta segunda-feira, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV), que foi vítima de sessões de tortura durante o regime militar com a presença de empresários ligados à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo Araújo, a Federação não apenas financiava o aparato repressor do regime militar, como revelou O GLOBO na edição de 9 de março, mas “estimulava e assistia” aos interrogatórios de presos políticos. O ex-deputado pelo PDT citou o empresário Nadir Figueiredo como um dos financiadores da Operação Bandeirantes (Oban) e, posteriormente, das atividades do Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi).
FONTES: O Globo, Estado de minas e Blog Clóvis Cunha
Comentários
Postar um comentário