Opinião: O Jogo Político Dentro do TJ-BA

Por Samuel  Celestino
Coluna A Tarde: Recesso para a Justiça não esquecer
              Jornalista baiano





O jogo político dentro do TJ-BA
O Tribunal de Justiça da Bahia é uma casa política, sem, naturalmente, perder o seu foco jurídico. De certa forma, nos colegiados sempre se pratica política pelo poder e disso não escapa o TJ-BA, que se divide claramente em grupos, que acabam por conduzi-lo. Como em todas as esferas, há os que mandam e os que são mandados. Esses últimos passam despercebidos, insípidos e inodoros, quando ocupam, sob comando, o poder. Terminam sendo apenas um mero retrato na parede da galeria dos ex-presidentes. É sempre assim. O Tribunal baiano tem um grupo majoritário, cujas cartas são, ou eram, distribuídas pelo desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, que reina desde que assumiu a presidência, em 2002, ao derrotar o candidato de ACM, Amadiz Barreto que, ao perder, deixou de comparecer ao tribunal até se afastar definitivamente, sem deixar saudades. Cintra fez todos, ou quase todos para que não haja ressentimentos, os presidentes que o seqüenciaram. Sentou praça, então, no Tribunal Regional Eleitoral, de onde foi duas vezes presidente. Sofreu a sua primeira derrota, justo dentro do TRE, com a queda de Daisy Lago, por um voto (18 a 17), para Sara Brito, desembargadora eleita. Nesse episódio, cometeu-se o desatino de tentar impugnar a eleição, recusada pelo pleno do TJ, na sessão de ontem. Daisy nem lá compareceu. Era candidata apoiada por Cintra. A desembargadora Sara tinha o apoio de um grupo, à frente a desembargadora e ex-presidente Silvia Zariff, que, por sua vez, é adversária da presidente Telma Brito, que transfere o posto agora no dia 1º. de fevereiro. Ambas entram em clinch verbal público numa das sessões do pleno, em nível inaceitável, discussão que, aliás, foi gravada, segundo consta. A resposta de Zariff deu-se com a vitória de Sara. O Tribunal Regional Eleitoral, com o resultado, irá fatalmente mudar de cara, porque caberá à desembargadora eleita (deverá ser presidente do colegiado) presidir as eleições municipais e, ainda, possivelmente com o seu grupo de apoio, encaminhar o seu sucessor para presidir as eleições de 2014.


Fonte: bahianoticias
extraído em 29.01.2012

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