Juristas Rebatem Críticas da OAB ao STF
Jurista Celso Antonio Bandeira de Mello
Jurista Dalmo de Abreu Dallari
O Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, foi duramente criticado por juristas brasileiros após afirmar que "se o STF mantiver a liminar contra o CNJ, o Judiciário cairá de descrédito total com a população, que já o considera arrogante, antidemocrático e sem transparência". De acordo com o ex-ministro do STF entre 1986 e 1992 e ex ministro da Justiça durante o governo Collor, Célio Borja, o presidente da OAB-RJ foi "injusto e nada realista". Para Borja, que também presidiu a Câmara dos Deputados na década de 1970, as declarações de Wadih "atentam contra o Estado Democrático de Direito".
Quem também se levanta contra a declaração de Damous é o jurista e professor da Faculdade Paulista de Direito Celso Antônio Bandeira de Mello, que diz discordar "completamente” do presidente da OAB-RJ. Bandeira de Mello foi um dos que, em 2003, pediram o impeachment do então vice-presidente do STF, Nelson Jobim, por este ter admitido a inclusão, na Constituição, de artigos que não teriam sido votados em plenário.
Para Dalmo Dallari, docente da Universidade de São Paulo - e que também participou do pedido de impeachment contra Jobim - a declaração do presidente da OAB-RJ em nada contribui com a população e o Judiciário:
"Uma questão como esta deve ser debatida no nível mais elevado, por sua importância social", afirma. "As opiniões de quem fala para a mídia tem de ter fundamentação, se não apenas confundem o povo. O povo tem plena confiança no Judiciário, o que é evidenciado pelo aumento do número de pessoas que ingressam com ações na Justiça".
Fonte: jbonline
Fotos do blog cutucandodeleve
e do site enamat.gov.br
extraído em 31.01.2012
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