TJ-MS Nega Liberdade a Enfermeiro Acusado de Aborto de Jovem Morta
A primeira turma do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) negou o pedido de habeas corpus da defesa do enfermeiro Jodimar Ximenes da Silva, que é acusado de prática de aborto e ocultação de cadáver da jovem estudante Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos. A decisão foi proferida por unanimidade na tarde desta segunda-feira (26).
Gomes está preso desde o dia 13 de julho na Delegacia de Polícia de Sidrolândia, município distante 70 quilômetros de Campo Grande. Segundo a polícia, ele é acusado de ter praticado o aborto malsucedido que teria provocado a morte de Marielly.
Segundo o advogado do enfermeiro, David Moura Olindo, o tribunal alegou que Gomes não é réu primário, já que tem passagem policial por furto. Outro argumento apresentado pelos desembargadores da Turma Criminal foi a suspeita apresentada pelas investigações de que o enfermeiro teria ameaçado uma das testemunhas do crime.
Olindo afirmou ao G1 que seu cliente nega envolvimento no crime e que as suspeitas de ameaças à testemunha foram criadas por depoimentos mentirosos na fase de investigação do caso. Ele afirmou ainda que deve impetrar outro pedido de habeas corpus em uma instância superior da Justiça.
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Já o outro acusado de envolvimento no crime, Hugleice da Silva, que é cunhado de Marielly, responderá ao processo em liberdade. Ele saiu da prisão na última segunda-feira (19), após o TJ-MS aceitar o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa dele. O advogado de Silva, José Roberto Rodrigues da Rosa, alegou que o cunhado tem bons antecedentes, tem trabalho, se apresentou de forma espontânea a polícia após ter a prisão decretada e colaborou nas investigações, já que confessou o crime.
O caso
Marielly desapareceu em Campo Grande no dia 21 de maio. O corpo dela foi encontrado em um canavial na cidade de Sidrolândia no dia 11 de junho.
Marielly desapareceu em Campo Grande no dia 21 de maio. O corpo dela foi encontrado em um canavial na cidade de Sidrolândia no dia 11 de junho.
Antes disso, a família já havia iniciado campanha em busca da jovem. Na investigação, a Polícia Civil descobriu que a estudante morreu em decorrência de aborto malsucedido.
O cunhado de Marielly e o enfermeiro foram presos, suspeitos de envolvimento na morte da jovem. Inicialmente, Silva negou que tivesse qualquer relação com o caso, mas confessou que teve um relacionamento com a garota e que a levou para abortar em Sidrolândia.
Silva disse que pegou o telefone do enfermeiro com um caminhoneiro e marcou encontro na casa dele, em Sidrolândia. O cunhado de Marielly disse à polícia que Gomes contou que o procedimento deu errado e a jovem morreu. Os dois teriam levado o corpo para o canavial. Silva nega que seja o pai da criança que a cunhada esperava.
Mesmo com as confissões do cunhado, o enfermeiro nega participação no crime. O advogado do enfermeiro declara que as provas contra o cliente são frágeis e que as investigações precisam tomar outro rumo para apontar a verdadeira causa da morte de Marielly.
Fonte:g1
inserido em 26.09.2011
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