Am: Prefeitura São Gabriel da Cachoeira Entrega Plano Diretor
Titular da Seind, Bonifácio Baniwa, vice-governador, José Melo, e vice-prefeito de SCG, André Baniwa
Saneamento básico, melhoria na captação, tratamento e distribuição de água, além de instalação de escolas indígenas de nível médio internas em São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus).
Estas foram algumas das demandas do município apresentadas nesta sexta-feira, 29, ao governador em exercício do Amazonas, José Melo, em reunião intermediada pela Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind) e realizada na sede do governo.
A lista de reivindicações foi entregue por meio de ofício pelo vice-prefeito André Baniwa, com propostas que foram amplamente discutidas e aprovadas dentro das próprias comunidades.
Todas fazem parte do Plano Diretor de São Gabriel, coordenadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Territorial.
Na região administrativa do Alto Uaupés e de Papuri (afluentes do rio Negro), as comunidades ainda se ressentem de uma melhor distribuição da água potável, sem falar nos serviços de canalização e tratamento de esgoto, segundo o vice-prefeito André Baniwa.
“Estamos preocupados, pois são demandas da área urbana e das comunidades”, disse. “A distribuição de água é insuficiente, porque a estação de captação funciona num local inapropriado, que é o Morro da Fortaleza, ou seja, precisa ir para cima da cidade, acima da Cachoeira de Matupi”, explicou.
Para as regiões Marie e Cauaburi, localizadas em terras yanomami, os indígenas pedem energia com placa solar, construção de quatro escolas de ensino médio e casas de artesanato.
Nas áreas do rio Içana e do Baixo Uaupés, a solicitação por benefícios vai desde a abertura de estradas, que facilite o acesso dificultado pelas cachoeiras, à perfuração de poços artesianos.
Mineração
A reunião na sede do governo também abordou um tema polêmico, que é a mineração. Em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect), a Seind tem um projeto intitulado Lapidart, que já foi elaborado, apresentado e aprovado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Uma das propostas é capacitar indígenas na lapidação de pedras semipreciosas.
O projeto ainda não pode ser executado, por conta de entraves na legislação brasileira, que não permite a exploração de minérios em terras indígenas.
Sobre esse assunto, José Melo informou que as discussões em Brasília já estão bem adiantadas e que, em breve, tanto ele quanto o governador Omar Aziz deverão ir a Brasília para tratar diretamente do tema com a presidente Dilma Rousseff.
extraído de acritica.uol.com.br
em 31.07.2011
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