MT: DOIS SUSPEITOS AINDA NO PODER POR CONTA DE ADVOGADOS E LEIS FAJUTAS VIII: Revista de maior circulação nacional dá destaque a presidente da Assembléia deputado José Riva como "maior folha corrida do país"
Terça Feira, 27 de Novembro de 2012
A revista Veja que circula nesta semana traz uma reportagem em que classifica o deputado José Riva (PSD), presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, como o "maior ficha corrida do país".
O repórter Kalleo Coura, conforme revelado pelo MidiaNews, esteve em Cuiabá há duas semanas, levantando informações sobre vários assuntos. Ele esteve no Ministério Público, no Palácio Paiaguás e na própria Assembléia Legislativa.
O texto de Veja diz que Riva é réu em 102 processos por improbidade administrativa e vinte penais.
"Riva chegou a perder o mandato e ter o diploma cassado em 2010 pela Justiça Eleitoral, em razão de uma denúncia de compra de votos em 2006, mas conseguiu um novo mandato nas urnas", diz trecho da reportagem.
A assessoria do parlamentar considerou o conteúdo da reportagem "requentado".
"Vê-se um nítido viés no sentido de se tentar prejudicar politicamente o deputado, cujo partido, o PSD, foi o que mais elegeu prefeitos em Mato Grosso. Não há dúvida de que a matéria pode ter sido 'plantada', inclusive já considerando-se o cenário eleitoral para 2014".
Segundo a assessoria, Riva está se defendendo na Justiça dos processos, e nunca se negou a prestar quaisquer esclarecimentos.
"Vou provar minha inocência"
Em entrevista por telefone ao MidiaNews, o deputado José Riva disse que a matéria foi encomendada e tem "claro viés político".
"Eu já sabia da existência dessa reportagem. E até sei quem foi que encomendou", afirmou. Ao ser perguntado sobre quem seria o responsável, o deputado preferiu não citar nomes. (Foto: Ex-deputado, conselheiro afastado do TCE-MT, Humberto Bosaipo é parceiro de Riva em diversos processos ligados aos tempos em que ambos se revezavam no comando da AL-MT e seus deputados, muitos deles medíocres, incapazes de se mobilizar pro alguma mudança)
O parlamentar disse ainda que foi procurado pela revista enquanto a matéria era apurada e que mandou as respostas para a reportagem da Veja por e-mail.
"No entanto, nem sequer uma linha foi publicada. Isso prova o quanto a matéria é maldosa, pois não mostra minha versão dos fatos. Eu tenho a cópia da minha resposta aqui, pra quem quiser ver".
Sobre os processos aos quais responde na Justiça, Riva disse que as ações foram fragmentadas e que poderiam se resumir a uma só. "O Ministério Público fez várias ações, sobre o mesmo objeto, com o objetivo de chegar a esse número e causar estardalhaço. É nítida a perseguição", disse.
"Todo mundo sabe como era a Assembleia Legislativa e como está hoje. Os problemas já existiam, e eu saneei a Assembleia. Eu vou provar minha inocência", afirmou.
Confira abaixo a íntegra da reportagem da Veja:
O currículo do deputado estadual José Riva (PSD), 53 anos, só perde em extensão para um item de sua biografia: a sua ficha corrida. Réu em 102 processos de improbidade administrativa, vinte processos penais e alvo de outros tantos inquéritos que vão desde temas tão variados como compra de votos até apropriação de terras do estado em nome de laranjas, ele é considerado pelo Ministério Público estadual “o maior ficha-suja do Brasil”.
Riva chegou a perder o mandado e ter o diploma cassado em 2010 pela Justiça Eleitoral, em razão de uma denúncia de compra de votos em 2006, mas conseguiu um novo mandato nas urnas. Neste ano, reverteu a decisão no TSE. Também já foi condenado em quatro ações por improbidade, mas recorreu em todas. No total, os promotores calculam que o deputado e seu grupo político desviaram quase 400 milhões de reais (em valores corrigidos) da Assembleia Legislativa desde 1998.
“Em nenhum momento houve desvio de recursos”, diz Riva. Em um dos casos, a segunda instância confirmou a condenação, mas, como a decisão ainda não foi publicada, na prática pode declarar-se um ficha-limpa. Tem a agradecer, e muito, à famosa lentidão da Justiça brasileira.
Sua ficha corrida – mais uma ficha-maratona, dada a sua extensão – não o impede de ser um dos políticos mais influentes do estado. No primeiro ano como deputado, em 1995, Riva assumiu um cargo na mesa diretora e, desde então, vem se revezando como primeiro-secretário – responsável pela ordenação das despesas – e como presidente, cargo que ocupa atualmente. (Foto: Deputados demonstram uma amizade forte e duradoura)
“Ele transformou a Assembleia num balcão de negócios de tal sorte que ninguém o contesta. Tem ascendência sobre quase todos os deputados e é mais influente que o governador”, diz um ex-chefe da Casa Civil do estado.
Há alguns meses, Riva conseguiu aprovar um projeto que permitiu sua reeleição à presidência, sem mais ter de recorrer à artimanha de se tornar primeiro-secretário, e assim continuar no comando.
Seu poder espraiou-se por outras searas. Seu filho José Geraldo Riva Junior, por exemplo, foi exonerado do Tribunal de Contas do Estado sob acusação de ser funcionário-fantasma. Já sua mulher, Janete Riva, além de integrar uma lista negra de empregadores de trabalho escravo, é acusada de ter provocado um dano ambiental avaliado em 38 milhões de reais por retirada ilegal de madeira.
Para manter-se influente no Judiciário, Riva distribuiu cargos a filhos de desembargadores – ao menos um deles era fantasma. A dúvida é até quando ele conseguirá manter-se impune, escapando da Justiça e da Lei da Ficha Limpa.
Fonte:brasildacorupcão.blogspot.com.br
na íntegra
A revista Veja que circula nesta semana traz uma reportagem em que classifica o deputado José Riva (PSD), presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, como o "maior ficha corrida do país".
O repórter Kalleo Coura, conforme revelado pelo MidiaNews, esteve em Cuiabá há duas semanas, levantando informações sobre vários assuntos. Ele esteve no Ministério Público, no Palácio Paiaguás e na própria Assembléia Legislativa.
O texto de Veja diz que Riva é réu em 102 processos por improbidade administrativa e vinte penais.
"Riva chegou a perder o mandato e ter o diploma cassado em 2010 pela Justiça Eleitoral, em razão de uma denúncia de compra de votos em 2006, mas conseguiu um novo mandato nas urnas", diz trecho da reportagem.
A assessoria do parlamentar considerou o conteúdo da reportagem "requentado".
"Vê-se um nítido viés no sentido de se tentar prejudicar politicamente o deputado, cujo partido, o PSD, foi o que mais elegeu prefeitos em Mato Grosso. Não há dúvida de que a matéria pode ter sido 'plantada', inclusive já considerando-se o cenário eleitoral para 2014".
Segundo a assessoria, Riva está se defendendo na Justiça dos processos, e nunca se negou a prestar quaisquer esclarecimentos.
"Vou provar minha inocência"
Em entrevista por telefone ao MidiaNews, o deputado José Riva disse que a matéria foi encomendada e tem "claro viés político".
"Eu já sabia da existência dessa reportagem. E até sei quem foi que encomendou", afirmou. Ao ser perguntado sobre quem seria o responsável, o deputado preferiu não citar nomes. (Foto: Ex-deputado, conselheiro afastado do TCE-MT, Humberto Bosaipo é parceiro de Riva em diversos processos ligados aos tempos em que ambos se revezavam no comando da AL-MT e seus deputados, muitos deles medíocres, incapazes de se mobilizar pro alguma mudança)
O parlamentar disse ainda que foi procurado pela revista enquanto a matéria era apurada e que mandou as respostas para a reportagem da Veja por e-mail.
"No entanto, nem sequer uma linha foi publicada. Isso prova o quanto a matéria é maldosa, pois não mostra minha versão dos fatos. Eu tenho a cópia da minha resposta aqui, pra quem quiser ver".
Sobre os processos aos quais responde na Justiça, Riva disse que as ações foram fragmentadas e que poderiam se resumir a uma só. "O Ministério Público fez várias ações, sobre o mesmo objeto, com o objetivo de chegar a esse número e causar estardalhaço. É nítida a perseguição", disse.
"Todo mundo sabe como era a Assembleia Legislativa e como está hoje. Os problemas já existiam, e eu saneei a Assembleia. Eu vou provar minha inocência", afirmou.
Confira abaixo a íntegra da reportagem da Veja:
O currículo do deputado estadual José Riva (PSD), 53 anos, só perde em extensão para um item de sua biografia: a sua ficha corrida. Réu em 102 processos de improbidade administrativa, vinte processos penais e alvo de outros tantos inquéritos que vão desde temas tão variados como compra de votos até apropriação de terras do estado em nome de laranjas, ele é considerado pelo Ministério Público estadual “o maior ficha-suja do Brasil”.
Riva chegou a perder o mandado e ter o diploma cassado em 2010 pela Justiça Eleitoral, em razão de uma denúncia de compra de votos em 2006, mas conseguiu um novo mandato nas urnas. Neste ano, reverteu a decisão no TSE. Também já foi condenado em quatro ações por improbidade, mas recorreu em todas. No total, os promotores calculam que o deputado e seu grupo político desviaram quase 400 milhões de reais (em valores corrigidos) da Assembleia Legislativa desde 1998.
“Em nenhum momento houve desvio de recursos”, diz Riva. Em um dos casos, a segunda instância confirmou a condenação, mas, como a decisão ainda não foi publicada, na prática pode declarar-se um ficha-limpa. Tem a agradecer, e muito, à famosa lentidão da Justiça brasileira.
Sua ficha corrida – mais uma ficha-maratona, dada a sua extensão – não o impede de ser um dos políticos mais influentes do estado. No primeiro ano como deputado, em 1995, Riva assumiu um cargo na mesa diretora e, desde então, vem se revezando como primeiro-secretário – responsável pela ordenação das despesas – e como presidente, cargo que ocupa atualmente. (Foto: Deputados demonstram uma amizade forte e duradoura)
“Ele transformou a Assembleia num balcão de negócios de tal sorte que ninguém o contesta. Tem ascendência sobre quase todos os deputados e é mais influente que o governador”, diz um ex-chefe da Casa Civil do estado.
Há alguns meses, Riva conseguiu aprovar um projeto que permitiu sua reeleição à presidência, sem mais ter de recorrer à artimanha de se tornar primeiro-secretário, e assim continuar no comando.
Seu poder espraiou-se por outras searas. Seu filho José Geraldo Riva Junior, por exemplo, foi exonerado do Tribunal de Contas do Estado sob acusação de ser funcionário-fantasma. Já sua mulher, Janete Riva, além de integrar uma lista negra de empregadores de trabalho escravo, é acusada de ter provocado um dano ambiental avaliado em 38 milhões de reais por retirada ilegal de madeira.
Para manter-se influente no Judiciário, Riva distribuiu cargos a filhos de desembargadores – ao menos um deles era fantasma. A dúvida é até quando ele conseguirá manter-se impune, escapando da Justiça e da Lei da Ficha Limpa.
Fonte:brasildacorupcão.blogspot.com.br
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