Outro Ameaçado; Procuradora do Caso Cachoeira Também Sofreu Ameaças
20/06/12
Justiça ameaçada
Justiça ameaçada
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) informou nesta terça-feira (19) que a procuradora Léa Batista, uma das responsáveis pela Operação Monte Carlo, que levou à prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, teria recebido um e-mail anônimo de um suposto investigado “em tom nitidamente ressentido”. A ANPR não revela o nome do suposto autor da suposta intimidação.
Segundo a entidade, a mensagem foi recebida em 13 de junho, mesmo dia em que o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima enviou ofício (leia aqui a íntegra) ao Tribunal Regional Federal da 1ª Regional (TRF-1) pedindo para deixar o caso. No documento, ele relata que pediu carro blindado e uma viagem de três meses para fora do Brasil após sofrer “ameaça velada”. Ele disse que policiais foram à sua casa e falaram com sua família.
“As inúmeras ameaças sofridas pelo juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima e sua família – culminando com o pedido de afastamento do processo –, bem como pela procuradora da República Léa Batista – que recebeu um e-mail anônimo nitidamente ressentido com a operação – são uma afronta ao estado democrático de Direito”, comentou, em nota, o presidente da ANPR, Alexandre Camanho de Assis.
Provas
Numa referência indireta, o dirigente da ANPR também contestou o desembargador Tourinho Neto, do TRF-1, que considerou ilegais provas obtidas pela Operação Monte Carlo. Em seu voto, Tourinho afirmou que a organização criminosa de Cachoeira teria sido desfeita, e que “a poeira abaixou”. No texto, Camanho de Assis diz que “a poeira não abaixou”.
Numa referência indireta, o dirigente da ANPR também contestou o desembargador Tourinho Neto, do TRF-1, que considerou ilegais provas obtidas pela Operação Monte Carlo. Em seu voto, Tourinho afirmou que a organização criminosa de Cachoeira teria sido desfeita, e que “a poeira abaixou”. No texto, Camanho de Assis diz que “a poeira não abaixou”.
“É preciso desautorizar enfaticamente toda manifestação avulsa, equivocada e permissiva, que – a despeito da inteira legalidade da investigação – questione a idoneidade dos procedimentos, possibilitando o revigoramento de ações de uma organização que, embora momentaneamente desarticulada, não está – como demonstram as ameaças – de forma alguma desmantelada”, disse o presidente da ANPR.
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Fonte: http://prosaepolitica.com.br
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