A Cepisa, ops, Eletrobras - Distribuição do Piauí, a Anos-luz do Desenvolvimento...

É ponto pacífico: a distribuição de energia no Estado do Piauí carece de investimentos. Somos três milhões de habitantes em 224 municípios, com 12hab/km de rede divididos em cinco regiões, segundo nota no site pedefigueira.com.br. A concessionária tem 1.396 empregados e 950 mil consumidores, dos quais 446 mil de baixa renda. Ainda assim, a empresa teve em 2010 um faturamento bruto de 1 bilhão, e um crescimento do seu patrimônio positivo em torno de R$ 58 milhões, tendo pago R$ 196 milhões de ICMS, números  atribuídos ao Sr. Pedro Carlos Hosken Vieira, na matéria do site mencionado acima, publicado em 16 de março de 2011 e que assumiu a Presidência da Distribuição local  da Eletrobrás, no lugar de Flávio Decat. Mas, vejam só, a tarifa da Eletrobrás Piauí é a 17ª ( décima sétima ) mais cara do país.
O problema da falta de energia no estado vem de longa data. Em 2009, o carnaval de desfile das escolas de samba de Teresina foi suspenso por falta de energia na avenida Mal.Castelo Branco, onde desfilariam as escolas.  O Governador  passado, Wellington Dias,  em junho de 2010, chegou a acionar o MPF - Ministério Público Federal, para representar a antiga Cepisa na Justiça pela falta de energia elétrica nos municípios de Parnaíba, Luís Correia, Ilha Grande, Cajueiro da Praia, todos no litoral, e em Teresina. Por esta época, lembro bem, foi dito pelo Sr. Gregório da Paz, assistente da Diretoria de operações que o problema da falta de energia no Estado não  se resolveria tão cedo porque necessitaria de recursos na ordem de R$ 115 milhões para resolver problemas estruturais de operação e manutenção da rede de transmissão de energia, consoante esclarecedora matéria veiculada em meionorte.com(04.junho.2010). Agora, o novel Presidente diz que o Piauí tem uma das piores empresas de energia e , ainda assim, deu  um lucro fenomenal no ano passado. Algumas empresas deixaram de investir no Estado por conta deste problema, a falta de energia ou, quando muito, a má qualidade do fornecimento. Não faz muito tempo, este moço que agora está sentado no trono presidencial da Companhia, foi convidado para explicar na Assembleia legislativa a má qualidade da energia, tendo passado o tempo da explicação chamando o estado de Pioí.  Não se deu nem ao trabalho de aprender o nome correto do Estado onde ganha seus vencimentos, embora continue morando na cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. A boa notícia é que em várias cidades do interior do Estado tramita no judiciário local Ação Civil Pública promovida pelo Promotor de Justiça agindo em nome da coletividade. Além da capital, já  foram realizadas audiências  em Paulistana, Inhuma, Uruçuí, Pedro II e Picos. A sociedade já está instruída dos seus direitos, porém a qualidade  do fornecimento da nossa energia elétrica ainda se encontra a anos-luz do desenvolvimento. A inadimplência não é o padrasto desta causa, não. Uma empresa onde os seus presidentes sequer residem na sua sede, não pode prosperar. Por último, há informes extraoficiais dando conta de que o Piauí  possui o 3º ( terceiro ) pior fornecimento  de energia elétrica. Para nosso consolo - e deles - Amapá e Rondônia seguram a lanterna. Alguém diria: além da queda, o coice.

Tom Oliveira

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