Novo Presidente da Apamagis que ser o porta-voz dos colegas magistrados junto ao TJ paulista
Sexta Fira, 27 de Fevereiro de 2015
O presidente da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados), Jayme Martins de Oliveira Neto, tem um grande desafio neste segundo ano de gestão: ser o porta-voz, no Tribunal de Justiça de São Paulo, das reclamações e discordâncias dos juízes de primeiro grau.
Primeiro representante da primeira instância eleito para dirigir uma entidade que era vista como extensão do Tribunal –até 2013 a Apamagis só era presidida por Desembargadores–, ele enfrenta a pressão de juízes insatisfeitos com atos e declarações do presidente José Renato Nalini.
Muitos juízes gostariam de ver esse descontentamento –um clamor generalizado, mas silencioso– exposto de forma mais firme.
Oliveira quer evitar o confronto –um conflito desnecessário, segundo diz.
O presidente da Apamagis mantém bom diálogo com Nalini –que apoiou a principal bandeira dos juízes de primeiro grau: as eleições diretas nos tribunais. Na sua gestão, o representante da associação passou a participar das reuniões administrativas do Órgão Especial –com direito a voz, mas sem poder votar.
“O presidente Nalini é acessível, sempre abriu as portas para que levássemos as reivindicações. O diálogo sempre foi muito bom. Mas precisa de ajuste. Não pode ser ocasional, não pode depender da relação de simpatia dos presidentes das duas instituições”, diz Oliveira.
Nalini apoiou sua candidatura à Apamagis. A eleição de Oliveira teve a presença do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.
“Nossa eleição foi uma mudança. Nós queremos ser ouvidos, temos como contribuir. Não é possível cobrar tanto da magistratura de primeiro grau e pensar que ela não tem nada para contribuir”, diz o presidente da Apamagis.
“Os juízes estão sobrecarregados de trabalho, sofrem uma cobrança da sociedade, sofrem críticas permanentes. Nossa atividade, pela sua natureza, gera insatisfação. Não é uma atividade simpática, você sofre críticas, cobranças sistemáticas do CNJ, do tribunal, da corregedoria. Só que você é muito cobrado e pouco ouvido”, diz.
Na última segunda-feira (23), o presidente da Apamagis concedeu entrevista ao Blog. Ele pretende dar maior divulgação sobre a posição da entidade em relação às principais questões que preocupam os magistrados –entre as quais ele destaca as condições de trabalho e a segurança dos juízes.
Confira a entrevista no link
http://blogdofred.blogfolha.uol.com.br/2015/02/26/juiz-e-muito-cobrado-e-pouco-ouvido/
fonte: Blog d0 Fred/folha
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