STF: Novo ministro obteve a maior rejeição em votação no Senado...

 Quinta Feira, 02 de Dezembro de 2021


Tom Oliveira *





André Mendonça, novo ministro do STF


Meus amigos,

Após quase 5 longos meses de chá de cadeira, André Luiz de Almeida Mendonça, o terrivelmente evangélico de que tanto fala Bolsonaro, teve a sua indicação ao cargo de ministro do STF - Supremo Tribunal Federal,  aprovada por 47 votos a 32 contra, em votação no plenário do Senado na noite desta quarta-feira (1/12), na vaga aberta com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello. A aprovação dos nomes indicados para ministros da maior corte do judiciário pátrio, tem ocorrido sempre à unanimidade ou por esmagadora maioria, vale dizer com menos de 10 votos contrários, inclusive já era uma tradição, agora jogada para o beleléu.

Apesar do aperto na votação, há quem diga que foi uma vitória pessoal do presidente Bolsonaro, que teve 105 dias para ver o nome do  seu ungido aprovado, cabendo a Mendonça andar  sozinho nos gabinetes de senadores, prometendo o que não pode e  em busca de aprovação, tendo que se submeter a vexame moral, apelando para a sensibilidade de políticos corruptos,  para poder chegar ao STF. Na sua fala, André Mendonça fez acenos declarados a ala anti-Lava jato no Senado ( e são muitos ),  dizendo que " não se pode criminalizar a política ". 

Na história recente da República, nenhuma indicação do presidente da República para o Supremo demorou tanto para ser examinada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado quanto a do advogado André Mendonça que, graduado em direito e Ex Advogado Geral da República, guardadas as devidas proporções, está longe de ser uma sumidade jurídica. Sobre a sua atuação enquanto Pastor evangélico,  Mendonça fez questão de trazer à tona a questão de sua confissão religiosa, que acabou tomando vulto por causa das manifestações seguidas do presidente Bolsonaro, que insistiu em alguém evangélico.

"A Constituição é e deve ser o fundamento para qualquer decisão por parte de um ministro do Supremo. Como tenho dito para mim mesmo: na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição", afirmou. "Ainda que eu seja genuinamente evangélico, entendo não haver espaço para manifestação pública religiosa durante as sessões do Supremo Tribunal Federal", afirmou. Com ele, Bolsonaro aumenta para 2 ( de 11 ) os ministros " terrivelmente bolsonaristas " no STF.  O outro, é Kássio Nunes Marques, o piauiense.


* o autor é promotor de justiça aposentado - MP-PI



fonte: compilado de 

https://www.conjur.com.br/2021-dez-01/senado-aprova-andre-mendonca-ministro-stf-47-votos-32

 

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