Eleição histórica: Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado...
Domingo, 03 de Fevereiro de 2019
O senador Davi Alcolumbre foi eleito neste sábado, 2, para comandar o Senado Federal.
O senador Espiridião Amim obteve 13 votos, o senador Angelo Coronel teve oito votos, o senador Reguffe recebeu seis e o senador Fernando Collor obteve três votos. O senador Renan Calheiros retirou sua candidatura durante a segunda votação em cédulas, após a anulação da primeira votação, mas obteve ainda cinco votos. Quatro senadores não votaram.
Foi uma eleição para entrar para a história do Senado Federal: após a judicialização sobre se a votação para a Mesa Diretora seria aberta ou secreta, teve início na manhã desta sábado, 2, a sessão que elegerá a Mesa Diretora da Casa. Seis horas depois e com uma primeira votação concluída, tudo recomeçou - a urna apresentou cédula a mais do que os 81 parlamentares do Senado.
Após tumulto e discussões, o plenário do Senado havia decidido ontem à noite, com 50 votos favoráveis, que a votação para a mesa diretora da Casa seria aberta. Depois, a sessão foi suspensa.
Às 3h45 deste sábado, 2, o ministro Toffoli, presidente do STF, declarou a nulidade do processo de votação da questão de ordem, mantendo assim a votação secreta. Toffoli atendeu ao pedido dos partidos Solidaridade e MDB, que informaram o descumprimento da decisão formalizada na SS 5.272. No início do mês, Toffoli havia suspendido a decisão do ministro Marco Aurélio que determinava que a eleição para Mesa do Senado fosse por voto aberto.
A sessão foi retomada às 11h45 com a leitura da decisão do ministro Toffoli. Senadores como Major Olímpio, Espiridião Amin, Fabiano Contarato e Randolfe Rodrigues criticaram a decisão judicial.
Após, o senador José Maranhão, que presidia a sessão, abriu prazo de dez minutos para mais inscrições de candidatos à presidência da Casa. Começada a fase de discursos dos inscritos, os senadores Alvaro Dias, Major Olímpio e Simone Tebet desistiram de suas candidaturas. Restaram, assim, seis senadores na concorrência: Angelo Coronel, Fernando Collor, José Reguffe, Espiridão Amin, Davi Alcolumbre e Renan Calheiros.
A votação começou às 15h30 e alguns senadores declararam abertamente seus votos, apesar da votação secreta via cédula de papel. Entre os senadores que declararam abertamente seus votos, o fizeram para Davi Alcolumbre. A senadora Daniella Ribeiro declarou voto no senador Espiridião Amin.
Com quase cinco horas de sessão, começou a contagem dos votos para a presidência do Senado. Então veio a surpresa: 82 votos saíram da urna. Maranhão anunciou nova votação e rasgou cédulas na mesa Executiva. Já Renan Calheiros retirou a candidatura à presidência do Senado: "Não vou me submeter." “Esse Davi não é um Davi, é um Golias”, vociferou Renan, inconformado com a derrocada. Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou a retirada de sua candidatura à presidência do Senado quando percebeu que estava diante de sua iminente derrota, talvez por uma votação humilhante. Mas ele preferiu procurar “culpados” nos adversários. “Se eles podem tudo, sou eu que vou ser contra a Constituição?
Com a nova votação, Alcolumbre foi eleito.
Aos 41 anos, Davi Alcolumbre é o senador mais novo a ser eleito para o cargo de presidente do Senado nas últimas décadas. Em 1971, Petrônio Portela assumiu seu primeiro mandato como presidente do Senado com 45 anos. Desde então, todos os presidentes eleitos do Senado já tinham mais de 49 anos completos quando assumiram o cargo.
David Samuel Alcolumbre Tobelem nasceu em 1977, em Macapá, capital amapaense, e é empresário. Começou na política no PDT, partido pelo qual se elegeu vereador de Macapá em 2000. Também foi secretário de Obras do município. Em 2002 foi eleito deputado federal, sendo reeleito em 2006 e em 2010. Desde 2006 é filiado ao DEM e faz parte do diretório nacional e do conselho político do movimento jovem da legenda.
Em 2014 foi eleito senador, com 36,26% dos votos válidos. No Senado, presidiu a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e participou de colegiados como a Comissão Temporária para Reforma do Código Comercial e da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul. Em 2018, foi candidato ao governo do Amapá, mas não se elegeu. Seus suplentes são José Samuel Alcolumbre Tobelem (DEM) e Marco Jeovano Soares Ribas (DEM )
Fonte: Migalhas e Diário do Poder
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