Carapicuíba, SP: Advogado agride promotor durante Sessão do Júri
Sexta Feira, 01 de Abril de 2016
O promotor de Justiça de SP Goiaci Leandro de Azevedo Júnior foi agredido pelo advogado Gerson Fernandes Varoli Aria durante uma audiência no plenário do júri do fórum de Carapicuíba, grande São Paulo, na tarde de terça-feira, 29.
Azevedo Junior, que registrou boletim de ocorrência no 1º DP de Carapicuíba, é o promotor de um processo no qual o cliente de Varoli é acusado de homicídio. Os dois teriam começado a discutir durante os debates entre acusação e defesa e um acusou o outro de mentir.
O advogado teria ameaçado agredir o promotor, partindo para cima dele dando socos, atingindo-o. Varoli foi contido por policiais militares e teria dito que "iria matar a vítima".
Azevedo Júnior não quis comentar o caso, mas informou que já protocolou junto ao MP/SP representação contra o advogado na OAB.
Ao jornal o Estado de S. Paulo, Varoli disse que foi ofendido pelo promotor. "Eu pedi para parar, mas ele continuou. Perdi a paciência." O advogado disse também que vai representar contra Azevedo Júnior na polícia, na Justiça e na Corregedoria do Ministério Público.
ASSOCIAÇÃO PAULISTA EMITE NOTA DE APOIO
NOTA DE APOIO AO PROMOTOR GOIACI AZEVEDO JÚNIOR
A Associação Paulista do Ministério Público (APMP), entidade que representa promotores e procuradores de Justiça do Estado de São Paulo, da ativa e aposentados, manifesta seu apoio público ao promotor de Justiça Goiaci Leandro de Azevedo Júnior, um dos diretores do Departamento de Jurisprudência Criminal de nossa entidade de classe, devido às agressões físicas e às ameaças praticadas contra ele pelo advogado Gerson Fernandes Varoli Aria, durante audiência realizada no Plenário do Júri do Fórum de Carapicuíba (SP), na data de 29 de março.
É inadmissível a atitude do referido advogado, que merece total repúdio. O promotor de Justiça, com quem a APMP se solidariza, estava em pleno exercício regular de trabalho, agindo com perfeita retidão e dentro dos ditames legais. O calor dos debates no Júri, inerente à sua natureza, não justifica, de forma alguma, ameaças e agressões físicas.
Por isso, juntamente com o colega agredido, a APMP tomará todas as medidas cabíveis, nos âmbitos administrativo, criminal e cível, perante todas as autoridades competentes, visando não só reparar o dano praticado, como também coibir novos episódios desse jaez, além de enfatizar a necessidade de efetiva segurança para todos os membros da Instituição e para a sociedade, a destinatária última de nosso trabalho.
São Paulo, 30 de março de 2016
Diretoria da Associação Paulista do Ministério Público
FONTES: Migalhas e apmp.com.br
n.b: os negritos são nossos
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