Tom Oliveira -
O blog reproduzirá, na condição de clipping, notícias da Justiça e do Direito, em geral, especialmente das instituições brasileiras e do Ministério Público, em particular, divulgando também eventos culturais, de companheirismo e de cunho popular.
O PT no poder perdeu a batalha das ideias. Atolado em denúncias de corrupção — algumas já comprovadas —, sem saber para onde correr, criou uma bandeira de ódio contra a imprensa que vem estimulando agressões a jornalistas. Para tentar fugir da responsabilidade de explicar uma avalanche de indícios e dados sobre esquemas de corrupção deslavada, a cúpula petista repete o mantra de que o governo é perseguido por uma imprensa burguesa e golpista. O PT não entendeu que o buraco é mais embaixo. A imprensa não é feita apenas de donos, mas de jornalistas, repórteres, editores, trabalhadores de classe média que, em sua maioria, apoiavam o PT — ou, pelo menos, acreditavam que, no poder, o partido faria diferente do que sempre se fez no Brasil. Mas, para desilusão geral, o PT não fez diferente.
Nos anos 1980, com o ocaso da ditadura militar e o fortalecimento do Ministério Público e do PT, quando nós, repórteres, apurávamos denúncias contra algum poderoso de plantão, quase sempre recorríamos a promotores, militantes e parlamentares do PT. Conseguimos apurar grandes escândalos, do governo Sarney ao governo FH, em boa parte, devido a informações daqueles que considerávamos como pessoas do bem. Alguns têm memória curta, mas a imprensa — alimentada pela veia investigativa dos repórteres — batia no governo Collor como bate no de Dilma. E só bate mais forte hoje porque tem a alimentá-la uma torrente de delitos que mais parece noticiário policial. A imprensa nada mais faz do que refletir os anseios do pensamento hegemônico no Brasil, de pessoas que se sentiram traídas, em suas esperanças, pelos governos Lula e Dilma. E faz o que é seu dever fazer: fiscalizar o poder — às vezes, é bem verdade, com certo radicalismo pueril, que só enxerga o mal no lado do PT. Mas a culpa desse estado de coisas é, antes de tudo, dos métodos do PT no poder, não da imprensa.
Em 2009, testemunhei uma cena que simboliza esse desencanto dos jornalistas em relação ao PT, numa concorrida audiência pública na Câmara Federal. O então deputado José Genoino se aproximou, circulando entre os jornalistas. Todos fizeram questão de ignorá-lo. Uma repórter chegou a virar-lhe as costas! Meio sem jeito, Genoino se afastou. Logo ele que, antes do mensalão, era uma das fontes preferidas e mais paparicadas do jornalismo brasiliense e paulista. Esse sentimento de decepção, que tomou conta de boa parte da imprensa, representa, na verdade, o desencanto de parcelas expressivas da sociedade brasileira. Afinal, não somos astronautas, fazemos parte da mesma massa de decepcionados com o PT no poder.
Não tem jeito. O PT matou nossos sonhos de construção de um sistema político melhor, mais arejado, menos corrupto. Ser de “esquerda”, no Brasil, representou, na fase de redemocratização do país, integrar correntes democráticas de pessoas, socialistas ou não, unidas pelo ideal de um país mais justo, menos desigual, com um Estado aperfeiçoado, um capitalismo menos selvagem. Mas o sonho dessa esquerda já era. Lula matou a esquerda brasileira. Zé Dirceu foi o coveiro.
* Ronie Lima é jornalista e escritor
fonte: extraído na íntegra do blog
http://blogsetecandeeiroscaja.blogspot.com.br/ imagem de http://extra.globo.com/casos-de-policia/medium-morto-no-frei-luiz-viveu-historico-de-agressoes-segundo-autor-de-livro-sobre-cura-espiritual-16495787.html
A advogada Flávia Romano de Rezende tomou posse nesta segunda-feira, dia 5, no cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio. A nova magistrada fazia parte de lista tríplice encaminhada pelo TJRJ ao governador do Estado, Sérgio Cabral, para ocupar a vaga do quinto constitucional destinada à Ordem dos Advogados do Brasil. Ela entra no lugar do desembargador Gilberto Pereira Rêgo, que se aposentou. O presidente do TJ, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, deu as boas-vidas à desembagadora. “Você já chegou aqui me causando problemas”, brincou, ao citar que havia recebido vários pedidos de Câmaras do Tribunal, solicitando que Flávia passasse a integrar seus colegiados. “Isso é muito bom para todos nós. Seja bem-vinda e seja feliz”, desejou. Com 43 anos, a nova desembargadora advogou por 13 anos na Coca-Cola, sendo os seis últimos como diretora jurídica. Morou em Atlanta, atuando como advogada responsável pelo administrativo e contencioso de mar...
Domingo, 23 de Março de 2025 Tom Oliveira * A mulher que foi presa por ter pichado a estátua do Supremo Tribunal Federal, nos chamados " atos golpistas de 8 de janeiro de 2022, Débora Rodrigues dos Santos, casada, manicure, dois filhos menores, recebeu a pena de 14 anos de prisão do relator, o indefectível Alexandre de Moraes. No depoimento à Polícia Federal, enviado ao STF, Débora contou que uma mulher estava pichando a estátua, mas disse que tinha a “letra feia” e pediu para que a manicure continuasse. Débora escreveu: perdeu mané , cuja frase ficou famosa depois que o ministro Luis Barroso, do STF e amigo de Moraes, teria pronunciado contra pessoas que o incomodava num jantar, em Nova York, isso em 2022. Ressalte-se que a gíria brasileira Mané significa bobo, idiota. Para justificar a alta condenação da moça " mané ", o ministro Moraes foi rebuscar o vernáculo jurídico . Segundo Moraes, "o desencadeamento violento da empreitada criminosa afasta a p...
Sábado, 08 de Junho de 2018 O CNJ vistoriou, entre janeiro e abril de 2018, 33 estabelecimentos penais femininos que custodiam mulheres grávidas e lactantes. As visitas representaram uma ação inédita do Poder Judiciário nos cárceres brasileiros, a fim de verificar as condições das presas gestantes e que estão amamentando. A partir dessas observações dos presídios femininos, a presidente do CNJ, ministra Cármen Lúcia, determinou a criação do Cadastro Nacional de Presas Grávidas e Lactantes e a elaboração de um protocolo de recomendações ao sistema prisional para cuidados padronizados à saúde das detentas gestantes, das lactantes e de seus recém-nascidos nas prisões. Até o encerramento das visitas, no fim de abril, os estabelecimentos penais femininos tinham, segundo os números apurados, 212 mulheres grávidas e 179 lactantes. O Cadastro Nacional das Presas Grávidas e Lactantes, cujos dados vêm sendo divulgados no portal do CNJ desde janeiro deste ano, reflete o interesse da soci...
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