Briga de irmãos: Maria Cristina Frias pede à Justiça acesso a livros de registros da Folha

Sexta Feira, 29 de Março de 2019

A jornalista Maria Cristina Frias quer acesso aos livros de registro do Grupo Folha, dono do jornal Folha de S.Paulo. Filha de Octavio Frias de Oliveira, falecido, ela é uma das acionistas do jornal e ficou no comando da redação depois da morte do irmão, Otávio Frias Filho. Há duas semanas, foi destituída do cargo de diretora de redação da Folha por decisão dos demais acionistas, seu irmão Luis Frias, a viúva de Frias Filho, Fernanda Diamant, e Maria Helena Camargo Toledo Piza.
Maria Cristina Frias foi à Justiça de São Paulo para conseguir acesso aos livros de registro do Grupo Folha.
Geraldo Magela/Agência Senado
Em petição enviada à Justiça de São Paulo na segunda-feira (25/3), Maria Cristina pede que os demais acionistas das empresas do grupo, sejam intimados a se explicar. O pedido foi atendido pelo juiz Eduardo Pellegrinelli, da 2ª Vara Empresarial de São Paulo, na quinta-feira (28/3).
Segundo o pedido, assinado pelos advogados do Chiarotino e Nicoletti, Maria Cristina vem sendo tolhida de seu direito a informações sobre a empresa desde 2004. E a desconfiança dela é que o UOL, do mesmo grupo, tem retirado recursos da Folha, deixando o jornal deficitário. O responsável por isso, diz ela, é o seu irmão Luis, presidente do conselho de administração e responsável pela operação do UOL.
"Tal conduta constitui nítida violação a seus deveres fiduciários, nos termos do que dispõe o artigo 15.311 da Lei 6.404/76, além de desrespeito às disposições do Acordo de Acionistas e, em especial, à decisão e ao desejo do falecido patriarca, de manter igualdade de direitos entre os filhos", argumenta na petição, divulgada pelo site Brazil Journal.
Maria Cristina afirma que esse cerceamento ao seu direito de informação a deixou em "injusta desvantagem" em recente negociação na qual foi concedido apenas um dia para ela analisasse a reorganização societária pretendida por Luis. Ela destaca que não tem sequer certeza da sua exata participação acionária, direta e indireta nas empresas do grupo.
A jornalista ressalta que foi "abrupta e injustificadamente destituída de todas as suas funções no Grupo Folha" por ser contrária à reorganização e defender os interesses financeiros e independência da Folha da Manhã, razão social da Folha de S.Paulo.
Afirma, ainda, que a reorganização societária de seu irmão não atenderia aos interesses do grupo, já que teria como consequência o "abandono" da Folha da Manhã. Se aprovada, diz, a mudança colocaria em risco a saúde financeira da publicação "impondo novos e ainda mais profundos cortes de custos e de pessoal, sem qualquer perspectiva de retorno sobre o capital que investiu anos a fio na sua controlada Folhapar, proprietária da UOL e da PagSeguro". 
Clique aqui para ler a petição
Processo 
1025508-58.2019.8.26.0100



Fonte: Conjur
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