SS: Traição e Ressurreição
Sexta Feira Santa, 30 de março de 2018
Já passa da meia-noite. Os sacerdotes concordam em pagar a Judas 30 moedas de prata para que ele traia Jesus. Assim, Judas conduz um grande grupo de principais sacerdotes e fariseus, tentando encontrar Jesus. Junto com eles há um destacamento de soldados romanos armados e um comandante militar. Conduzindo a multidão pelo jardim, Judas vê Jesus com os apóstolos e vai direto a ele. Judas diz: “Olá, Rabi!” Então o beija ternamente. Jesus pergunta: “Amigo, com que objetivo você está aqui?” (Mateus 26:49, 50) Respondendo à própria pergunta, Jesus diz: “Judas, você está traindo o Filho do Homem com um beijo?” (Lucas 22:48) E Jesus se volta para a multidão.
Ele se aproxima das tochas e das lâmpadas, e pergunta: “Quem vocês estão procurando?” Da multidão vem a resposta: “Jesus, o Nazareno.” Jesus corajosamente diz: “Sou eu.” (João 18:4, 5) Surpresos, os homens caem no chão.
Em vez de aproveitar a escuridão para fugir, Jesus mais uma vez pergunta quem estão procurando. Quando dizem novamente “Jesus, o Nazareno”, ele diz de modo calmo: “Eu lhes disse que sou eu. Então, se é a mim que vocês estão procurando, deixem estes homens ir.” Até nesse momento decisivo, Jesus se lembra do que disse antes, que não perderia nenhum dos seus discípulos. (João 6:39; 17:12) Ele protegeu seus apóstolos fiéis e nenhum deles foi perdido, “exceto o filho da destruição”, Judas. (João 18:7-9) Assim, agora ele pede que deixem seus fiéis seguidores ir embora. Isso foi na quinta-feira santa.
Mateus disse que, (na quinta-feira) após trair Jesus por trinta moedas de prata e devolver o dinheiro, Judas saiu para cometer suicídio (Mateus 27:3-5). Jesus foi julgado e condenado à morte por crucificação na sexta-feira (Mateus 27). E ressuscitou após três dias, isto é, no domingo (Mateus 28).
O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e pregação dos Apóstolos e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos (1 Jo 1,1-2).
Jesus ressuscitado apareceu a Madalena (Jo 20, 19-23); aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-25), aos Apóstolos no Cenáculo, com Tomé ausente (Jo 20,19-23); e depois, com Tomé presente (Jo 20,24-29); no Lago de Genezaré (Jo 21,1-24); no Monte na Galiléia (Mt 28,16-20); segundo São Paulo apareceu a mais de 500 pessoas (1 Cor 15,6) e a Tiago (1 Cor 15,7)
Mas Paulo diz que, após ressuscitar, Jesus “apareceu a Pedro e depois aos Doze” (1 Coríntios 15:5).
Ora, se Judas já tinha se suicidado, a que “Doze” (apóstolos) Jesus apareceu ressuscitado?
Alguns respondem dizendo que Matias ocupou o lugar de Judas (Atos 1:26). Isso é verdade, mas Matias só ocupou o lugar de Judas algum tempo depois de Jesus subir aos Céus (o que aconteceu quarenta dias depois de Sua ressurreição – Atos 1:3). Então, essa explicação não é satisfatória, pois não resolve o problema. Aos Apóstolos amedrontados, que julgavam ver um fantasma, Jesus pede que o apalpem e verifiquem que tem carne e ossos.
Nada disto foi uma alucinação, nem miragem, nem delírio, nem mentira, e nem fraude dos Apóstolos, pois se tratava de pessoas muitos realistas que, inclusive, duvidaram a princípio da Ressurreição do Mestre. A custo se convenceram. O próprio Cristo teve que falar a Tomé: Apalpai e vede: os fantasmas não têm carne e osso como me vedes possuir (Lc 24,39). Os discípulos de Emaús estavam decepcionados porque nós esperávamos que fosse Ele quem restaurasse Israel (Lc 24, 21).
Os chefes dos judeus tomaram consciência do significado da Ressurreição de Jesus, e, por isso, resolveram dissipá-la: Deram aos soldados uma vultosa quantia de dinheiro, recomendando: Dizei que os seus discípulos vieram de noite, enquanto dormíeis, e roubaram o cadáver de Jesus. Se isto chegar aos ouvidos do Governador, nós o convenceremos, e vos deixaremos sem complicação. Eles tomaram o dinheiro e agiram de acordo com as instruções recebidas. E espalhou-se esta história entre os judeus até o dia de hoje(Mt 28, 12-15).
A Ressurreição de Jesus é ponto fundamental da fé cristã, a ponto que São Paulo pode dizer: Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação; vazia também é a vossa fé… Se Cristo não ressuscitou, vazia é a vossa fé; ainda estais nos vossos pecados (1Cor 15, 14.17). Os vinte longos séculos do Cristianismo, repletos de êxito e de glória, foram baseados na verdade da Ressurreição de Jesus.
A Ressurreição de Jesus é a base da fé; São Paulo chama Cristo ressuscitado o Primogênito dentre os mortos (Cl 1, 18). A Ele, ressuscitado em primeiro lugar, seguir-se-á a ressurreição dos irmãos: Cada qual na sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, por ocasião da sua segunda vinda; a seguir, haverá o fim (1Cor 15, 23s).
fontes: https://defendendoafecrista.wordpress.com
https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/ressurreicao-de-jesus/
Comentários
Postar um comentário