Cultura: Incêndio destrói Museu Nacional no Rio de Janeiro e, de quebra, , a cultura do país...
Segunda Feira, 03 de Setembro de 2018
Ontem, domingo (2), dia muito triste para a cultura pátria. É que por volta das 19.30hs,
o principal e mais antigo museu do país, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi tomado por um incêndio de grandes proporções que pode ter destruído toda a coleção do prédio principal — incluindo fósseis, estudos, o acervo de invertebrados (como borboletas e aranhas) e exemplares de múmias. Estima-se que, ao todo, 20 milhões de peças tenham sido perdidas
Para começar, o ser humano mais antigo achado até hoje no Brasil. Trata-se do esqueleto da jovem apelidada de Luzia, que viveu em Minas Gerais há cerca de 12 mil anos, quando ainda existiam mastodontes e dentes-de-sabre no cerrado. As feições singulares de Luzia e de outros habitantes da região de Lagoa Santa – que lembram mais as de aborígines da Austrália que a dos índios modernos – levaram antropólogos brasileiros a postular duas ondas distintas de migração para as Américas no fim da Era do Gelo.
A instituição bicentenária também era a casa da maior coleção de antiguidades egípcias da América Latina, num total de 700 peças que começaram a ser acumuladas em 1826, quarto ano do reinado de Dom Pedro 1º. Havia estelas (monumentos que equivalem a postes de pedra), estátuas, caixões e múmias, oriundos principalmente das antigas cidades de Tebas e Abidos.
Em relação à ciência, o Museu Nacional reunia 200 anos de trabalhos acadêmicos. O espaço foi criado em 1818 por Dom João VI, como lembra um estudo publicado na última edição da revista Ciência e Cultura, para “propagar os conhecimentos e estudos das ciências naturais no Reino do Brasil.” O Museu Nacional tinha, por exemplo, uma ampla coleção de fósseis — incluindo dinos brasileiros e o mais antigo fóssil humano brasileiro, de onze mil anos, a Luzia, encontrado na década de 1970 em Minas Gerais. Isso além de múmias egípcias raras no mundo, como destaca Claudia Russo.
Ontem, domingo (2), dia muito triste para a cultura pátria. É que por volta das 19.30hs,
o principal e mais antigo museu do país, o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi tomado por um incêndio de grandes proporções que pode ter destruído toda a coleção do prédio principal — incluindo fósseis, estudos, o acervo de invertebrados (como borboletas e aranhas) e exemplares de múmias. Estima-se que, ao todo, 20 milhões de peças tenham sido perdidas
Para começar, o ser humano mais antigo achado até hoje no Brasil. Trata-se do esqueleto da jovem apelidada de Luzia, que viveu em Minas Gerais há cerca de 12 mil anos, quando ainda existiam mastodontes e dentes-de-sabre no cerrado. As feições singulares de Luzia e de outros habitantes da região de Lagoa Santa – que lembram mais as de aborígines da Austrália que a dos índios modernos – levaram antropólogos brasileiros a postular duas ondas distintas de migração para as Américas no fim da Era do Gelo.
A instituição bicentenária também era a casa da maior coleção de antiguidades egípcias da América Latina, num total de 700 peças que começaram a ser acumuladas em 1826, quarto ano do reinado de Dom Pedro 1º. Havia estelas (monumentos que equivalem a postes de pedra), estátuas, caixões e múmias, oriundos principalmente das antigas cidades de Tebas e Abidos.
Em relação à ciência, o Museu Nacional reunia 200 anos de trabalhos acadêmicos. O espaço foi criado em 1818 por Dom João VI, como lembra um estudo publicado na última edição da revista Ciência e Cultura, para “propagar os conhecimentos e estudos das ciências naturais no Reino do Brasil.” O Museu Nacional tinha, por exemplo, uma ampla coleção de fósseis — incluindo dinos brasileiros e o mais antigo fóssil humano brasileiro, de onze mil anos, a Luzia, encontrado na década de 1970 em Minas Gerais. Isso além de múmias egípcias raras no mundo, como destaca Claudia Russo.
Os estudantes que visitavam o espaço podiam ver tudo isso. Aprendiam sobre história, biologia, paleontologia de um jeito que a escola não tem condições de ensinar. “É a maior perda de acervo de toda a história do nosso país”, diz a também bióloga Maria Paula Correia, que trabalha com educação não formal (fora da escola) na consultoria Percebe Educa.
A pedra, que pesa 5,6 toneladas, foi achada em 1784 perto de um riacho no interior da Bahia e levou quase um ano para chegar ao Rio. O meteorito foi levado para o Museu Nacional a mando do Imperador Dom Pedro II em 1888 e permaneceu no local desde então. De acordo com a assessoria do Museu Nacional, por enquanto só sobrou o que estava no prédio anexo da instituição, que guardava itens de botânica, a biblioteca de obras raras e parte do acerto de vertebrados.
Meteorito resistiu ao fogo
Meteorito resistiu ao fogo
Fontes: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/ao-vivo/siga-incendio-de-grandes-proporcoes-atinge-o-museu-nacional.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2018/09/insubstituivel-acervo-tinha-desde-fossil-mais-antigo-ate-meteorito.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2018/09/insubstituivel-acervo-tinha-desde-fossil-mais-antigo-ate-meteorito.shtml
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