Cultura Popular: Um Ovo e Duas Histórias

Quarta, 28 de março de 2012


Tom  Oliveira




lº  Caso: 
                   O OVO DE COLOMBO


Conta a história que Cristóvão Colombo, estando a participar de uma festa em homenagem ao Descobrimento da América,  foi-lhe perguntado se acreditava que outra pessoa seria capaz de fazer o mesmo ( descobrir o caminho das americas ) tendo respondido com um desafio as presentes: todos deveriam colocar um ovo de galinha fresco em pé sobre umas suas extremidades ( pontas do ovo ). Todos tentaram, ninguém conseguiu.
Colombo, então, mostrou a solução: bateu o ovo contra a mesa de leve, quebrando um pouco a casca de uma das pontas, e achatando-o obteve  que o ovo ficasse de pé. O Cortesão lhe questionou, dizendo que dessa forma todos conseguiriam colocar o  em  pé. Sagaz, Colombo respondeu dizendo que era verdade, mas apenas a ele  lhe ocorreu a ideia de fazê-lo.



Cquote1.svgConvenhamos, entretanto, que apesar de sua simplicidade e facilidade, você não descobriu a solução, e que apenas eu é que removi a dificuldade. O mesmo ocorreu com a descoberta do Novo Mundo. Tudo que é natural parece fácil, após conhecido ou encontrado. A dificuldade está sem ser o inventor, o primeiro a conhecer ou a demonstrar.

O fato ficou conhecido como O Ovo de Colombo, entendido como uma metáfora proverbial  e serve para 
 referir-se a soluções muito difíceis de se chegar, mas que quando reveladas mostram-se óbvias e simples.





Gravura de 1752 ilustrando a situação no banquete.




Monumento construído no início da década de 1990 em  Ibiza (Espanha ), em comemoração ao reconhecimento de Cristóvão Colombo, nascido na ilha de Sant Antoni de Portmani ( Ibiza, Esp).

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2º CASO
                                    O  OVO  DA  ANA DE HOLLANDA

Ana de Hollanda bota ovo em pé na Linha do Equador


Ana de Hollanda bota ovo em pé na Linha do Equador
Fotos: Kátia Lacerda / Site do Chico Bruno
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, esteve no Marco Zero do Equador, em Macapá, no Amapá, na semana passada. De acordo com o site do Chico Bruno, a titular foi à cidade para participar do Seminário Intermunicipal de Cultura, promovido pelo governo estadual, e aproveitou para passar nos pontos turísticos da capital. Na Linha do Equador, a titular aproveitou para tirar uma dúvida. “Fiquei sabendo que aqui o ovo fica em pé e tenho de ver isso”, afirmou. De acordo com a publicação, a ministra ficou entusiasmada ao ver o ovo em pé.




Nota do blog:
Tempos atrás, alguns artistas e intelectuais, certamente que insatisfeitos com o rumo institucional que o Ministério da Cultura se direciionava, emitiram opiniões, e dentre algumas pérolas, lembro de duas que, com este evento do OVO DA MINISTRA, veio a calhar;
Cildo Meirelles
A maior contribuição que o Ministério da Cultura pode dar, sempre, é não atrapalhar. A cultura, claro, é uma área com muitas questões a serem discutidas. Algo que ainda está por ser desenvolvido é uma imbricação maior entre cultura e educação. Não necessariamente aulas de arte, mas pelo menos uma amlado se caracteriza pelo descompromisso com a ção, com a aplicação imediata, por outro as sociedades que se distanciam da produção cultural entram em declínio. Arte não é algo que possa ensinar, mas o Estado pode criar meios propícios para uma autoeducação, aquela que o indivíduo buscar para se desenvolver....

Cacá Diegues
As indústrias criativas hoje são um fator importante para os PIBs nacionais, o terceiro setor de exportação dos EUA, e tema de discussão no mundo todo. Esse setor industrial deveria ser do âmbito de um órgão distinto do que cuida de políticas voltadas para o folclore, os costumes regionais, até mesmo para a preservação de memória. Não faz sentido um filme de longa metragem disputar verba com o maracatu rural de Pernambuco. É como botar num mesmo orçamento uma hidrelétrica e uma olaria. Ambos são importantes, mas têm que ser tratados em órgãos distintos, assim como existem ministérios do Agronegócio e da Agricultura. Quando o Ministério da Cultura saiu do Ministério da Educação, não se definiu muito quais eram as atribuições do MinC. Essa é uma discussão que ainda está por se definir. Temos que reprensar para que serve o Ministério da Cultura ( o negrito é nosso )











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