Opinião: desabafos de um juiz...

Quinta feira, 14 de Fevereiro de 2013

Com o título SUGESTÃO o juiz Cid Peixoto do Amaral Neto desabafa e diz verdades que todos nós sabemos mas nos falta coragem para torná-las públicas. Fonte:http://www.facebook.com/cidpamaral
confira:

SUGESTÃO:
Inegável a necessidade de avaliação da situação carcerária, entretanto há excesso de mídia, de uma forma que aparenta gravosarnte que erros e excessos são prática e que juiz e polícia são vilões. Parece que há uma mobilização ” do bem contra o mal” . Isso é um fato. E perigoso!
Outro aspecto é que defunto enterrado não bate a porta de juiz , mas os seus, de barriga vazia, sem teto, e com a desgraça morando na sala, se tiver sala, se tiver casa, batem. Pedem justiça e comida. Por mais dos heróicos esforços da Defensoria Pública e de valorosos voluntários advogados, é muita gente para dar conta.
Está na hora, se tem que fazer escolha, de olhar um pouco para a miséria de vítima ou dos seus. Muitas vezes, quando escapam, ficam com feridas e perebas, no meio de lençóis sujos, inclusive de dejetos. Juiz vê fotos. Tem que ter estômago. Esse desgraçado prostado na cama, antes forte e provedor da família, não trabalha mais. Muitas vezes a prostituição entra a vida dos seus para sobrevivência. E despero não é somente quando do processo da pensão, da idenização, é também administrativo, da pensão imedata, do funeral, do INSS, correm para lá, correm para cá, se for processo judicial esse também não tem perna, não anda só, há diligências que somente partes e advogados fazem. Mas esse coitados, não possuem assistência integral.
Enquanto isso, multirões, advogados, Defensores Públicos, estagiários, estrutura, termos para registrar ” abusos” e encaminhar à inquisição, juizes, promotores e policias, é só o que tem. O mundo pára. Ouvindo presos, lástimas, providências, assistências.
Isso está certo sim, mas seria mais correto moralmente somente depois das crias do defunto ou do imprestável que ficou aleijado ou perdeu boa parte dos miolos, fossem atendidas da mesma forma, e sim, somente então, sobrando tempo e gente, fizessem com o outro lado, ou no mínimo, na proporção de 10 por 1.
Como juiz, se não falar ou escrever isso, posso até mesmo somatizar e adoecer.
Na minha visão, pobre vítima de crime, era para ele e/ou os seus, serem de logo visitados após o fato, até para saber se tinha como ser enterrado. Se tem o que comer.
Como? OAB, Defensoria Publica, Assistentes Sociais, Psicólogos, através de seus alunos e estagiários.
O nome, seria algo tipo: VAMOS ” ACUDIR” AOS POBRES VÍTIMAS DO MAL.
Fica a dica, um dia a ficha cai.


na íntegra

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