Outro Presidente de TJ: Investigado, presidente do TJ-PR pede aposentadoria e renuncia ao cargo

Terça Feira, 24 de Setembro de 2013
Des. Clayton Coutinho de Camargo
TJ-PR pediu aposentadoria antes da decisão do cnj

O desembargador Clayton Camargo entrou com pedido de aposentadoria e por consequência também renunciou ao cargo de presidente do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) na tarde desta segunda-feira (23) durante sessão do Órgão Especial, em Curitiba.
O pedido de saída acontece em meio a uma investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), aberta em abril deste ano, que verifica a denúncia de venda de sentenças judiciais por Camargo e pelo ex-desembargador Rafael Augusto Cassetari. O processo corre em segredo de Justiça.
A solicitação de Camargo ocorre três anos antes do limite de idade de aposentadoria compulsória. Camargo, que tem 67 anos, era presidente do TJ-PR desde novembro do ano passado e deveria continuar no cargo até o final do ano que vem. A eleição para escolha do novo presidente deve ocorrer nos próximos dias.
Camargo havia reassumido o cargo sexta-feira (20) --ele estava afastado por problemas cardíacos.
Enquanto Camargo estava fora do cargo, o presidente interino Paulo Roberto Vasconcellos revogou um edital de licitação para obras na sede do TJ-PR, orçado em R$ 79,6 milhões. O TJ-PR informou apenas que a medida foi tomada por "razões de interesse público".
A reportagem procurou Clayton Camargo para comentar seu pedido, mas ele não atendeu às ligações.

Investigação e censura

O relato sobre a venda de decisões no TJ-PR se tornou público por meio de uma reportagem do jornal "Gazeta do Povo".
Segundo a denúncia feita por uma advogada, Camargo e Cassetari teriam recebido R$ 200 mil para beneficiar uma das partes numa disputa pela guarda de crianças, em julgamento na 12ª Câmara Cível do TJ-PR. O dinheiro teria sido entregue em quatro pacotes com R$ 50 mil cada.
A denúncia do jornal local resultou numa ação solicitada por Camargo em julho deste ano  que obrigou a "Gazeta do Povo" a não mais publicar reportagens que tratavam de investigações contra ele. A medida também ordenava que o veículo excluísse de seu site todos os textos publicados sobre o caso, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Após o jornal apresentar reclamação sobre o caso ao STF (Supremo Tribunal Federal), Camargo desistiu da ação.
Por outro lado, a "Gazeta do Povo" afirmou que não iria desistir do processo e que aguardaria até decisão final do STF, por entender que a questão ia contra os ideais democráticos e atingia toda a sociedade.

Problemas cardíacos

No último dia 12, Camargo passou mal após uma sessão do Órgão Especial. Na ocasião, ele havia anunciado o desejo de instituir mais 25 cargos para desembargadores.
Naquele dia, o então presidente do TJ-PR foi internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, e passou por uma angioplastia de desobstrução de artérias.
Ele recebeu licença média por 12 dias e outros 26 dias de férias, mas acabou retornando antes do prazo para então anunciar a renúncia nesta segunda-feira (26), no mesmo dia em que o CNJ fastava o Presidente do TJ-Amapá





Fonte; Uol
Imgem de tjpr.jus.br

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