Política: 'Dilma e Cunha estão num pau de sebo', diz Heráclito Fortes

Domingo, 08 de Novembro de 2015

O deputado Heráclito Fortes (PSB-PI)
O deputado Heráclito Fortes (PSB-PI)(Alex Ferreira / Câmara dos Deputados/VEJA)

O deputado piauiense Heráclito Fortes, ex-Arena e PFL, voltou à Câmara como neossocialista e chega ao fim do ano cotado para suceder na presidência da Casa o peemedebista Eduardo Cunha (RJ), cujo futuro começa a ser traçado nas próximas semanas no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Entre os nomes cogitados, como o de Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), o de Heráclito tem a simpatia de alguns petistas. Em sua sexta passagem pela Câmara, agora no PSB, Heráclito afirma que o Palácio do Planalto melhorou a interlocução com parlamentares, mas diz que tanto a presidente Dilma Rousseff quando Cunha lutam para não cair: 'Os dois estão num pau de sebo'.
Seu nome surgiu como um possível sucessor de Cunha na presidência da Câmara. O senhor já foi procurado? Tem um boato simpático de algum amigo, mas esse é um processo que demora no mínimo oito meses. Alguém brincou com isso, eu não. Acho que lançamento de candidatura agora é superprecipitado. Claro que fico feliz de ter sido lembrado por alguém, porque estou voltando e ainda não tenho nem um ano de volta na Casa. São as amizades, o comportamento, minha postura. Mas não sei como foi. Da minha parte não tem nada. Você viu que quando saiu a notícia de que o [Leonardo] Picciani seria candidato, ele [Cunha] disse: 'Só se for em 2017'.
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O senhor acha que ele poderia conduzir e sustentar moralmente a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma? Eu acho que os dois estão num pau de sebo, tanto ele como ela. Agora, são velocidades diferentes. Porque a pressão da rua não vem pela saída dele, vem pela saída dela. Isso é produto do desastre econômico do governo, da descrença que o governo impõe à sociedade, do estelionato eleitoral cometido. E o mais grave é que quando o dinheiro do brasileiro acaba antes do dia 30, aí ele se incomoda. Essa juventude nossa não sabe o que é inflação, mas de repente ela pode voltar.
O senhor acha que já existe base para evolução do processo de impeachment de Dilma ou deve-se aguardar a decisão em relação ao relatório do TCU? Base jurídica já tem, agora é um processo político. No governo FHC, o PT propôs o impeachment umas três vezes, mas não tinha base. O simples fato de o [Aloizio] Mercadante ter saído da Casa Civil foi um alívio. O governo começou a conversar. Político gosta de conversa e não tinha diálogo com o Palácio do Planalto. Agora passou a ter.
O senhor faz um elogio ao Jaques Wagner? Não. Qualquer pessoa que fosse para ali isso seria notado. Eu fui colega de mesa dele por dois anos. Ele é bom de conversa, está ouvindo. Agora, ele está cometendo o mesmo erro de outros que é criar uma expectativa fisiológica muito grande para deputados e senadores. E que ele não vai conseguir cumprir. Fisiologismo é como coceira, você não pode mexer. Ele não vai conseguir atender essa demanda em relação ao governo.

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