Ponto de Vista: O Presidente que vive em eterna campanha eleitoral


Domingo, 03 de Maio de 2020



    Tom Oliveira*

Meus amigos,

Precisamos colocar a razão em primeiro lugar: o que passa na cabeça de um mandatário que vive se digladiando nas redes sociais e/ou  em entrevistas televisivas? será que é manipulado pelos filhos a ponto de prejudicar o próprio Governo que exerce.

Temos um Presidente que vive provocando a mídia ( Globo, Uol, Veja ), convoca multidões e atrai para suas caminhadas em plena pandemia do coronavírus e, o que é pior, desrespeita os Poderes constituídos, começa a sentir o peso dessa animosidade gratuita. 

Agora, depois de tudo disseminado, incluindo a traição, por capricho,   ao amigo de primeira hora, o ex ministro Sérgio Moro, juntamente com  a " sugestão maliciosa " para aceitar o seu indicado na DPF , quer jogar no colo dos governadores a recessão econômica que se avizinha. Com disse o jornalista , Josias de Souza, na sua coluna no site uol,    " um exame psicológico talvez revelasse que o Brasil é presidido por um personagem cujos distúrbios fazem do exercício da presidência um transtorno .

Essa semana  Bolsonaro obteve 4 decisões judiciais que paralisaram seu Governo - e a ira chegou a ponto de trombetear contra o ministro que impediu a posse do amigão na direção da Polícia Federal. Detalhe importante: uma dessas decisões veio de um magistrado de primeira entrância, da Justiça Federal do Matogrosso. A juíza Janete Lima Miguel entendeu que  o caso “amolda-se justamente à mesma situação” de Ramagem,cita inclusive o trecho em que Moraes afirma que o Executivo abre brecha para anulação de uma nomeação pelo poder judiciário “quando o órgão administrativo utiliza-se de seu poder discricionário para atingir fim diverso daquele que a lei fixou, ou seja, quando ao utilizar-se indevidamente dos critérios da conveniência e oportunidade, o agente desvia-se da finalidade de persecução do interesse público”.


Tenho receio de seu mandato não chegar até 31 de dezembro de 2022...

Veja as manchetes:


 Esta última decisão, da Juíza federal pode gerar um efeito cascata nas designações de coordenadores regionais do órgão indigenista espalhados pelo país, entre outros.  Hoje, ao menos 20 das 39 coordenadorias são chefiadas por militares, ou seja, mais de 50%





* Tom Oliveira é promotor de justiça aposentado ( MP-PI ) e editor deste blog.

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