GOL e Infraero são multadas pela ANAC por embarque irregular de deficiente

Domingo, 16 de Agosto de 2015

A GOL foi autuada e multada pelo embarque inadequado de uma passageira com deficiência no voo 1076 da companhia, que ocorreu em dezembro de 2014, no aeroporto de Foz do Iguaçu/PR. A Infraero recorreu.

A coordenadora de comunicação Katya Hemelrijk da Silva, que é cadeirante, precisou se arrastar pelas escadas para poder embarcar em dezembro de 2014. Na época, o relato do incidente feito pela cadeirante em uma rede social chamou a atenção dos internautas. A Infraero disse não ter recebido a notificação da Anac.
Em dezembro de 2014, a passageira embarcou sozinha pelas escadas sem o auxílio de funcionários e do equipamento de ascenso e descenso. Todos os autos foram emitidos com base em descumprimentos da resolução 280/2013 da ANAC que dispõe sobre os procedimentos relativos à acessibilidade de passageiros com necessidade de assistência especial no transporte aéreo, inclusive sobre os treinamentos que devem ser disponibilizados aos funcionários das empresas aéreas e dos operadores aeroportuários.
Ao total, foram 11 autos de infração emitidos, sendo seis para a companhia aérea GOL e cinco para o operador aeroportuário do aeroporto de Foz do Iguaçu, a Infraero. O operador aeroportuário recorreu dos autos em 1° instância e o processo administrativo tramita, agora, em 2° instância na Agência.
Constrangimento
Katya Hemelrijk da Silva falou sobre os problemas nos equipamentos stair trac e ambulift - utilizados para o transporte de deficientes até o interior dos aviões- em sua página no Facebook. Segundo ela, no momento do check-in ela escutou dois funcionários dizendo que a stair trac estava desligada. Na época, o aeroporto não contava com um ambulift.
"Na hora de embarcar, a mulher falou que o gerente queria conversar comigo. Ele me deu três alternativas: ou eles me subiam no braço, ou me levavam na própria cadeira, com dois me carregando, ou eu teria que esperar o próximo voo, que daria tempo de carregar o aparelho", contou. Ela então negou as três.
Com mais de 200 fraturas ao longo da vida, Katya optou por se arrastar pela escada por ser o método mais seguro. "Se fosse para alguém me carregar, seria meu marido, mas mesmo assim não é a solução ideal. A escada estava escorregadia com o sereno. E como eu tenho esse problema dos ‘ossos de vidro’, qualquer forma que me peguem, uma forma mais bruta, acaba me machucando", completou.

Na época, Katya afirmou não ter a intenção de ser indenizada, mas de querer uma melhora no atendimento para os deficientes. "Deixei claro desde o começo que não queria nada deles, que dinheiro, passagem de graça, nada resolve o meu problema. O que eu quero é que eles saibam atender, que precisam melhorar a estrutura", contou.




fontes: Migalhas e newsrondonia.com.br

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