Petrolão: Começa a correr o prazo para a oferta da denúncia

Terça Feira, 18 de Novembro de 2014

O ministro Teori Zavascki, relatos do processo do “Petrolão” no Supremo Tribunal Federa, deu 30 dias ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que decida sobre a apresentação da denúncia contra todos os envolvidos, com a devida identificação e especificação dos crimes por eles cometidos. Como cerca de 70 parlamentares foram citados pelo ex diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Yousseff, caberá ao procurador geral Rodrigo Janot decidir quais envolvidos serão processados no STF por terem foro privilegiado, com a possibilidade dos demais envolvidos serão processados à parte, perante a Justiça Federal do Paraná, que iniciou a ação penal.


Até agora, Janot tem tratado o tema com cautela, pois avalia que devem ser esgotadas todas as diligências possíveis na fase pré-processual para poder fundamentar a denúncia, que seja impermeável a críticas da mídia e recursos de advogados.

O procurador Rodrigo Janot aguarda a finalização de todas as delações premiadas que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal acharem conveniente, com o cruzamento de dados bancários, contratos e outras provas apreendidas. A própria Justiça Federal no Paraná, que comanda as investigações, trabalha com a hipótese de que os próximos depoimentos dos envolvidos presos nesta sexta abram novas frentes de investigação, como ocorreu até agora.

As prisões mais importantes ocorridas na sexta-feira foram do diretor-presidente da empresa Queiroz Galvão, Idelfonso Colares Filho; do diretor-presidente de desenvolvimento comercial da Vital Engenharia, empresa do Grupo Queiroz Galvão, Othon Zanoide de Moraes Filho; do diretor de operações da Iesa Óleo & Gás, Otto Garrido Sparenberg; do agente federal Jayme Alves de Oliveira Filho e do ex-diretor da Petrobras, Renato de Souza Duque.

Diante do fato de que o operador do mensalão, Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão, continua preso, enquanto os principais envolvidos e detentores de cargos importantes no governo, como o ex ministro da Casa Civil, José Dirceu, receberam penas mais leves e já foram beneficiados com prisão domiciliar, não será surpresa se executivos e altos funcionários das empreiteiras concordarem em colaborar com as investigações, através da delação premiada, com a possibilidade de penas mais leves e até absolvição.

Na última quarta-feira (12), Janot confirmou que mais investigados fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Segundo ele, três acordos aguardam homologação da Justiça e mais cinco ou seis estão em curso. A lista se ampliará depois das ações de sexta-feira (14). Estas delações e a busca de provas sobre elas serão os elementos que o procurador espera para formalizar as denúncias contra os políticos no STF. 

Por conta disso, os próximos dias serão de muita tensão em Brasília, principalmente pela promessa da presidente Dilma Rousseff de anunciar o seu ministério para o segundo mandato e a disputa acirrada entre PT e PMDB pelo comando das suas casas do Congresso Nacional, hoje nas mãos do PMDB. (ABr)









fonte: Alberto Marques

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