Livro: Segredos de Justiça "

Sexta, 14 e Novembro de 2014
  • Juíza Andréa Pacha é especialista em Direito de Família (Foto: Divulgação) ::









Ex-vice presidente da Associação dos Magistrados do Brasil e durante dois anos atuando no Conselho Nacional de Justiça (CNJ),  juíza titular da 4ª Vara de Órfãos e Sucessões do Rio de Janeiro,

Livro Andréa Pachá CAPAA juíza Andréa Pachá lançou  ontem,  quinta-feira (13), na Livraria Saraiva do Pátio Higienópolis, em São Paulo, o livro “Segredo de Justiça” (Editora Agir). 

Trata-se de complemento de seu primeiro livro de crônicas, “A vida não é justa“, lançado em 2012 e que vendeu 30 mil exemplares.
Andréa foi vice-presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Juíza há 20 anos, 17 dos quais atuando em Vara de Família,  ela foi roteirista e produtora de teatro antes de ser magistrada. Nos dois livros, apresenta histórias de ficção inspiradas em casos tratados nos autos.

No primeiro, o foco era a tragédia do fim do amor. No segundo, os dramas que nascem das relações amorosas, “histórias sobre a vida depois que o casamento termina, como os filhos, o patrimônio, a velhice, por exemplo”, revela a autora.
“Em nenhuma das ações que tive oportunidade de coordenar, senti um retorno tão bacana de pessoas que desconheciam o funcionamento da Justiça e que, depois da leitura, ficaram positivamente impressionadas com as possibilidades de composição dos litígios nos Tribunais”, diz Andréa, ao comentar o primeiro livro.

O prefácio do segundo livro é de Renato Janine Ribeiro, professor titular de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo. Ele fará uma palestra sobre o amor e seu fim, às 18h30, antes do lançamento do livro.
A seguir, trechos do prefácio:

Andréa Pachá tem o dom de narrar. Os relatos deste livro, como as do anterior ‘A vida não é justa’, prendem nossa atenção do começo ao fim, tanto assim que os li de uma enfiada só. Mas, mais que isso, eles apontam uma moral das histórias, com Andréa se indagando constantemente sobre o equilíbrio instável dos ganhos e perdas de nosso tempo. O principal ganho que temos a comemorar é a democratização dos costumes.
(…)
Andréa é muito sensível ao modo egoísta pelo qual tantos não suportam os fardos que o tempo, ou um acidente, ou uma doença impõem.
(…)
O tempo, outra presença frequente no livro de Andréa, estabelece a fronteira entre os dois campos. Só há felicidade quando esta se inscreve no tempo, ganha duração, ultrapassa o momento do gozo, da paixão. Mas geralmente o tempo devasta. Faz a beleza ceder lugar às rugas, a paixão ao tédio, e tudo o mais. Timidamente, porém, há alguma possibilidade de que o tempo crie alguma sabedoria, de que ele resgate em vez de amaldiçoar.
(…)
Estas narrativas procuram educar o leitor para uma limitada, difícil, modesta sabedoria. Andréa não esconde quando se sente chocada pelas cenas que presencia e tenta redimir. Além da falência dos amores que pareciam eternos, ela se preocupa em especial com a adolescência que nunca termina, com a imaturidade permanente.
(…)
A preocupação deste livro não é com a felicidade nem mesmo com a justiça, é com a verdade. A vida não é justa: pessoas que foram boníssimas, que de tudo fizeram para serem ótimos companheiros ou genitores, nem sempre são reconhecidas ou premiadas – assim como quem foi ou é mau conhece, tantas vezes, o sucesso. A vida é indiferente à justiça. Pessoas ótimas padecem, pessoas más florescem.
(…)
Se “felicidade é também um projeto de cuidado, de afeto, de enxergar o outro como sujeito e não como objeto da nossa satisfação”, como ela diz na metade deste livro que tenho a honra de apresentar, então esse projeto exige uma verdade grande nos afetos, uma disposição a ir além da aparência, do imediato ".




fonte: fred
na íntegra
imagem com legend de jornalosaogoncalo.com.br

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