Caso do assassinato do promotor: MPPE recomenda que suspeito de matar promotor permaneça preso

Sexta Feira, 08 de Novembro de 2013
mppe

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu uma recomendação para que a Justiça não concedesse o relaxamento da prisão do suspeito de assassinar o promotor Tiago Faria Soares, em Águas Belas, Agreste do estado, no dia 14 do mês passado. O agricultor Edmacy Cruz Ubirajara está preso no Centro de Triagem Professor Everado Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife. O juiz da comarca de Itaíba, Caio Neto de Jomael Oliveira Freire, ainda não se pronunciou a respeito do caso. O processo corre em segredo de Justiça, a pedido do MPPE.  O pedido de revogação da prisão do agricultor foi solicitado no último dia 29 pelo advogado Anderson Flexa. O agricultor Edmacy Cruz é cunhado de José Maria Rosendo, apontado pela polícia como mandante do crime e que está sendo procurado. O Disque-denúncia está oferecendo recompensa até R$ 10 mil para quem repassar informações sobre o seu paradeiro.

Thiago Faria Soares, de 36 anos, foi encontrado morto com pelo menos quatro tiros de espingarda calibre 12, em seu carro, um Hyundai, no Km 15 da PE-300, a caminho do Fórum de Itaíba, onde trabalhava. Ele estava no veículo com a noiva Micheva Martins e Adautivo Martins, tio dela. Dois homens ocupando um Corsa teriam trancado o veículo do promotor e dispararam contra ele. Os Martins escaparam ilesos da emboscada.  Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por uma disputa por terras. A Fazenda Nova, onde o promotor vivia com a noiva, tem uma fonte de água mineral que renderia cerca de R$ 1 milhão por ano. A área foi adquirida em leilão por Mysheva Martins em outubro passado, quando ela e o noivo nem se conheciam. Na ocasião, a mulher desembolsou R$ 100 mil pela propriedade. No entanto, o posseiro da terra, José Maria, recusou-se a deixar a área.

Thiago Faria assumiu o cargo de promotor em dezembro passado em meio ao cenário de embate pela terra. Mas a disputa havia começado há sete anos, quando Maria das Dores Ubirajara, dona das terras, morreu. Ela não tinha filhos e era tia da esposa de José Maria. Ao morrer, deixou a área para 10 herdeiros, incluindo a esposa de José Maria. Depois da aquisição das terras por Mysheva, o posseiro chegou a questionar a validade do leilão na Justiça, mas perdeu a causa.   Em junho deste ano, foi obrigado a deixar o lugar por força de uma imissão de posse em favor da advogada, na qual o promotor teria atuado nos bastidores. De acordo com as investigações, ele também teria pedido ajuda do tio da noiva, Claudiano Martins, para negociar a saída de José Maria das terras. Ainda segundo a polícia, o promotor assassinado também teria denunciado José Maria por crime ambiental na fazenda.

Antes de morrer, Thiago Faria chegou procurou a corregedoria do Ministério Público de Pernambuco para informar que estava sendo ameaçado. O promotor estava em período probatório e a corregedoria fez uma inspeção na comarca e descobriu que havia cerca de 15 processo nos quais ele alegava suspeição pelo fato de envolver interesses de parentes da noiva. Por esses motivos, o promotor seria relocado para Jupi. Não deu tempo.



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Fonte: Diário de Pernambuco online
edição de 07/11/13
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