Artigo: " rouba, mas faz ...TCU envia Nota. entenda a celeuma

11/11/13

POLÍTICA

Se roubar, faça, por Mary Zaidan

Obras sem projeto ou com projetos precários, caras, superfaturadas, com contratos aditados por uma, duas e sabe-se lá por quantas vezes. Boa parte delas atrasada, postergada, paralisada. Ano após ano, o governo joga nos bolsos de alguns poucos os bilhões de impostos dos muitos que trabalham e produzem riqueza, e que quase nada têm de volta. Algo de dar engulho, de alimentar a desesperança.
Mas a indignação da presidente Dilma Rousseff é o avesso disso. “Eu acho um absurdo parar obra no Brasil”, disse, ao comentar a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) ao Congresso Nacional de suspender a remessa de recursos para sete obras, todas elas com vícios graves, em que a roubalheira corre solta.
Para Dilma, o que importa é concluir o que for possível antes das eleições de 2014. Até porque o máximo que ela conseguir entregar será muito menos do que o prometido no palanque de 2010.
Em tom de desafio, de quem faz mesmo o diabo, garantiu: “De qualquer jeito, essa obra vai ficar pronta. E nós vamos inaugurá-la”. Uma variante do clássico “rouba, mas faz”, tão popular na política brasileira.

Obras na BR-448

A presidente se referia à BR-448, extensão de 22,5 quilômetros entre Porto Alegre e Sapucaia do Sul, essencial para aliviar o tráfego saturado da BR-116 na região metropolitana da capital gaúcha. Em abril, a obra custaria R$ 530 milhões. Agora, já passa de R$ 1 bilhão. O TCU diz que R$ 91 milhões são originários de falcatruas. Mas Dilma afirma que vai inaugurar a obra assim mesmo.
As terras do sul esperam outra obra que já nasce atiçando pulgas por detrás das orelhas: a nova ponte sobre o Rio Guaíba, promessa de campanha, que teve seu edital publicado na quinta-feira, 7. Como não saiu do papel, a travessia ainda não é alvo do TCU. E, se não sofrer embargos, deve ficar pronta em 2020.
A estimativa em 2011 era de que a obra custaria em torno de R$ 400 milhões. Hoje, ultrapassa R$ 900 milhões. Isso para erguer uma ponte de menos de dois quilômetros. Mais de R$ 450 milhões por quilômetro, valor quase três vezes superior ao do quilômetro da maior ponte do mundo, de 42 quilômetros, construída entre Qingdao-Hiawann, na China.
Sobre as outras seis obras – esgoto em Pilar (AL), ferrovia Caetité-Barreiras (BA), Avenida Marginal Leste, Teresina (PI), Vila Olímpica de Parnaíba (PI), ponte sobre o Rio Araguaia (TO-PA) e ferrovia Norte-Sul –, Dilma não bateu de frente. Afinal, não tem chance de vê-las concluídas.
Podem apostar: a culpa por promessa não cumprida será do TCU, jamais de Dilma. Por sua vez, ela vai correr para acelerar o que der a qualquer custo. Não pode correr o risco de seu governo ser taxado como “rouba e não faz”.


Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas. Atualmente trabalha na agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'. Escreve aqui aos domingos. Twitter: @maryzaidan, e-mail: maryzaidan@me.com


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EM RESPOSTA A DILMA, TCU DIZ QUE PARALISAÇÃO DE OBRAS NÃO DEPENDE DO CONGRESSO


BRASÍLIA - O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou nota neste sábado contestando as críticas da presidente Dilma Rousseff que, na sexta-feira, classificou como "absurdo" o fato de a instituição recomendar ao Congresso a paralisação de obras públicas federais nas quais foram detectadas sérias irregularidades, incluindo superfaturamento.
Na nota de esclarecimento, o TCU afirma que é seu papel constitucional fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e que os técnicos avaliam as obras, apontando, quando há, as irregularidades. Ressalta que cabe ao Congresso Nacional a palavra final sobre a paralisação ou não dos serviços.
A nota do tribunal referiu-se especificamente à obra rodoviária que motivou a declaração da presidente, em entrevista durante sua passagem pelo Rio Grande do Sul na sexta-feira: "Por exemplo, com relação às recomendações do TCU sobre a obra da BR-448/RS, foram encontrados indícios de superfaturamento, na ordem de R$ 90 milhões. Cabe à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional deliberar sobre a paralisação ou não da referida obra", explica a nota.


Em entrevista a rádios gaúchas, sexta-feira, Dilma afirmou:
— Eu acho um absurdo paralisar obra. Você pode usar vários métodos, mas paralisar obra é uma coisa extremamente perigosa porque ninguém depois repara o custo. Se houve algum erro por parte de algum agente que resolveu paralisar, não tem quem repare, a lei não prevê. Se você para por um ano, se você para por seis meses, por três meses, ninguém te ressarce depois. De qualquer jeito, essa obra (BR-448) vai ficar pronta








Fontes: extraído Blog do Noblat/Oglobo e  http://oglobo.globo.com/pais/em-resposta-dilma-tcu-diz-que-paralisacao-de-obra-depende-de-decisao-do-congresso-10736608#ixzz2kGpDA 
na íntegra
n.b: os negritos são nossos

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