Itaíba,PE, Duas notas sobre o assassinato do Promotor Thiago: A razão da cobiça e o rodízio de promotores na comarca, doravante...

Sábado, 19  de Outubro de 2013


Terras de fazenda que motivaram morte de promotor rendem R$ 1 milhão por ano

Nas terras da Fazenda Nova há uma fonte de água mineral. Foto: Pailo Paiva/DP/D.A.Press
Nas terras da Fazenda Nova há uma fonte de água mineral. Foto: Pailo Paiva/DP/D.A.Press
O motivo da disputa de terras que, segundo a Polícia Civil de Pernambuco, culminou com a morte do promotor Thiago Faria se deve à existência de uma fonte de água mineral no local que renderia cerca de R$ 1 milhão por ano. A informação foi repassada pelo secretário de Defesa Social, Wilson Damazio, na manhã desta quarta-feira, na sede da Secretaria de Defesa Social, no Recife. A área foi adquirida em leilão pela advogada Mysheva Martins, noiva do promotor assassinado, em outubro do ano passado - quando eles ainda não se conheciam. Na ocasião, ela desembolsou por R$ 100 mil pela propriedade.  Thiago Faria assumiu o cargo em Itaíba em dezembro do ano passado, em meio ao cenário de embate pela terra que se arrastava havia sete anos, iniciada após a morte de Maria das Dores Ubirajara. Depois da aquisição das terras por Mysheva, José Maria Pedro Rosendo, um dos ocupantes da área, chegou a questionar a validade do leilão na Justiça, mas perdeu a causa

.

Em junho, José Maria foi obrigado a deixar o lugar por força de uma imissão de posse em favor da advogada na qual o promotor teria atuado nos bastidores.  De acordo com as investigações, ele também teria pedido ajuda do tio da noiva, Claudiano Martins, para negociar a saída de José Maria das terras. As mesmas fontes da Polícia afirmaram que o promotor assassinado também teria denunciado José Maria por crime ambiental na fazenda, onde fica parte de uma reserva ambiental.

Em meio às últimas atividades do promotor, que estava em período probatório, a corregedoria fez uma inspeção na comarca quando descobriu que havia um grande número de processos nos quais Thiago Faria alegava suspeição pelo fato de envolverem interesses de parentes da noiva. Por esse motivo, o promotor seria removido para Jupi, por determinação do MPPE.

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Rodízio de promotores em ItaíbaO procuradoria Geral de Justiça anunciou que grupo se revezará também em Águas Belas e terá escolta



Os promotores criminais que passarão a atuar nos municípios de Itaíba e Águas Belas, no Agreste do estado, a partir de segunda-feira, 21, farão um rodízio para tornar o trabalho mais impessoal e agilizar os processos pendentes nas comarcas. Esse novo modelo, após o assassinato do promotor Thiago Faria, na última segunda-feira, foi apresentado ontem pelo procurador geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon. Segundo ele, a tática minimizará os riscos de atentados e homicídios contra esses profissionais.

Ao  todo, seis promotores que atuam hoje em 15 municípios, sob jurisdição da Comarca de Garanhuns, irão se revezar nas duas cidades. Os promotores terão escolta de viaturas da Polícia Militar. Além disso, Fenelon solicitou ao Tribunal de Justiça que designe um juiz com exercício pleno para atuar na Comarca de Itaíba. Na quarta, 16, a Secretaria de Defesa Social e MPPE anunciaram oficialmente a prisão do homem suspeito de atirar em Thiago Faria, Edmacy Cruz Ubirajara. Até agora ele não confessou o crime.  Segundo o procurador geral, Thiago Faria se averbou suspeito em 16 processos que envolviam parentes da noiva dele, a advogada Mysheva Freire Ferrão Martins, integrante da família Martins, considerada influente na região e cujos membros foram citados na CPI da Pistolagem, instaurada em 2000 no estado.



Fonte: Diário de Pernambuco

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