RN: MP Investiga Quadrilha Que Fraudava Concurso Público






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O s prefeitos de Martins, Maria José de Oliveira Gurgel Costa, e do município de Antônio Martins, Edmilson Fernandes de Amorim, podem estar envolvidos diretamente com a quadrilha que fraudava concursos públicos em várias cidades do Rio Grande do Norte e tinha ramificações no estado vizinho da Paraíba. Depois de investigar as denúncias de supostas irregularidades nos certames, durante quatro meses, o Ministério Público Estadual (MPE) deflagrou ontem a "Operação QI" [Quem Indica] com objetivo de desbaratar o bando que mantinha acordos ilícitos para o ingresso de pessoas no serviço público através de concursos públicos fraudados.


Polícia apreende documentos na sede da Concsel. Venda de vagas custava entre R$ 1 mil e R$ 2 mil Foto:Fábio Cortez/DN/D.A Press
Segundo o MPE, a organização instalada junto à empresa investigada Concsel Concursos e Seleção de Pessoal fraudava os concursos por meio de acordos ilícitos para o ingresso de pessoas no serviço público através do pagamento de propina e concessão de um percentual para que agentes públicos ligados às prefeituras pudessem incluir candidatos de sua base aliada nos referidos concursos. A última fraude praticada pelo grupo teria sido no certame para contratação de funcionários para a prefeitura de Martins, em outubro deste ano.

Durante a Operação QI foram cumpridos quatro mandados de prisão e nove de busca em apreensão nas cidades de Natal, Parnamirim, Martins, Mossoró e Severiano Melo. Ao todo, sete pessoas foram detidas, entre elas: Antônio Laurentino Ramos Neto (proprietário da empresa), Jesiele Paiva Ramos (filha e sócia), Isabela Cristina Gomes Martins (secretária de saúde de Severiano Melo), Francisco Carlos Gomes de Oliveira e José Isaías da Silva (ambos parente de Antônio). A operação teve a participação de 19 promotores de Justiça e mais de 120 policiais militares cumpriram as ordens judiciais.

A investigação iniciou-se na Comarca de Santa Cruz e posteriormente passou a ser conduzida pela Promotoria de Justiça de Martins juntamente com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO).O procedimento culminou com a operação para desmantelar a organização criminosa que atuou na realização de concursos públicos no interior do Estado e, notadamente, no município de Martins, em outubro.

Segundo o Ministério Público, a investigação comprovou que o esquema comandado pelos sócios da empresa organizadora de concursos públicos CONCSEL, aprovam pessoas indicadas por integrantes dos Poderes Executivo e Legislativo dos municípios ou através do pagamento de valores direto pelo próprio candidato à vaga junto à empresa. As vagas mais procuradas eram da área biomédica. Cargos como farmacêutico, nutricionista e enfermeiro "custavam" entre R$ 1 mil e R$ 2 mil.


Fonte: diariodenatal
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extraído em 18.12.11

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