Rio: Julgamento do " Caso da Viúva Negra "


JUSTIÇA

Mesmo sem comparecer a julgamento, Viúva Negra é condenada a 18 anos de prisão

Advogada gaúcha é acusada de estelionato e dos assassinatos de cinco pessoas, incluindo um amante e dois maridos
27/08/2011 | 11:35 | AGÊNCIA O GLOBO
advogada gaúcha Heloísa Borba Gonçalves, conhecida como Viúva Negra, de 61 anos, foi condenada a dezoito anos de prisão, na noite desta sexta-feira. O apelido é uma referência à aranha que mata os machos após o acasalamento. Heloísa é acusada de estelionato e dos assassinatos de cinco pessoas, incluindo um amante e dois maridos.
O julgamento dela no Tribunal do Júri durou cerca de oito horas. Quatro jurados votaram pela condenação da ré pela morte do coronel Jorge Ribeiro, assassinado a marretadas em fevereiro de 1992, numa sala comercial em Copacabana. O processo correu na 1ª Vara Criminal do Tribunal do Justiça.
Heloísa foi condenada pelo crime de homicídio duplamente qualificado. O júri entendeu que ela teve participação no crime, cometido de forma cruel e por motivo torpe. O advogado de defesa da Viúva Negra, Matusalém Lopes de Souza, disse que vai recorrer da decisão.

Heloísa não compareceu à audiência e foi condenada graças à Lei da Cadeira Vazia, que permite o julgamento em casos de seguidas faltas do réu. Ela está foragida e se encontra na lista daInterpol, sendo procurada em 188 países. Segundo a Promotoria, Heloísa estaria nos Estados Unidos. A recompensa oferecida por informações que leve à captura da Viúva Negra passou de R$ 2 mil para R$ 11 mil, em abril deste ano. Quem tiver qualquer informação que auxilie nas investigações pode ligar para o telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.
A Viúva Negra já foi condenada a quatro anos e seis meses de prisão pela 19ª Vara Criminal, por bigamia e falsidade ideológica. A Viúva Negra enterrou três maridos e dois namorados entre 1971 e 1992.
O julgamento estava marcado para julho, mas, como a acusada não compareceu, o juiz titular do 1º Tribunal do Júri do Rio, Fabio Uchoa Pinto de Miranda Montenegro, optou por adiá-lo. Para evitar tentativas futuras de anular a decisão, a intimação da ré foi feita por meio de edital.
O primeiro marido assassinado, o securitário Irineu Duque Soares, foi morto a tiros em 6 de outubro de 1983, no meio da rua, em Magé, ao lado de Heloísa. Eles se casaram no dia 13 de maio com pacto antenupcial, garantindo à mulher três imóveis em Botafogo e duas linhas telefônicas.
Depois, Heloísa se casou com Roberto de Souza Lopes, com quem ficou de junho de 1985 a novembro de 1990. Nesse meio tempo, também subiu ao altar com o coronel Jorge Ribeiro, em 15 de julho de 1989, tornando-se bígama. O militar foi assassinado a marretadas e com as mãos amarradas na sala comercial que tinha na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, em 19 de julho de 1992. O casal já estava separado. Heloísa também estava no local do crime.
Em 1993, a suspeita mantinha um relacionamento com Hagih Muradi, que tinha 84 anos. Ele foi vítima de um atentado em que foi morto, assim como seu motorista. Pouco depois, um dos filho de Hagih - que desconfiava das circunstâncias da morte do pai - sofreu um atentado. Na ocasião, o detetive contratado pela família para investigar o caso foi assassinado.
Segundo o Disque-Denúncia, Heloísa também teria tentado dar o golpe do casamento em um peruano, mas não teve êxito. Ela ficou viúva ainda de Nicolau Saad, de quem teria herdado vários imóveis. E teve seis filhos.
fonte:gazetadopovo
foto de cartaz ervafm.blogspot.com
em 27.08.2011

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